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Dólar fecha em alta ante o real
A aceleração do dólar ante outras moedas fortes no exterior, em especial o iene e o euro, fez a moeda norte-americana ganhar força também ante as divisas de países emergentes nesta quinta-feira, incluindo o real.
Em paralelo, o mercado monitorava os desdobramentos da derrubada, pelo Congresso, da medida provisória sobre taxação de aplicações financeiras, uma dura derrota para o governo Lula, na noite de quarta-feira.
O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,61%, aos R$5,3754. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 13,01%. Às 17h03, na B3, o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,70%, aos R$5,4035.
No início do dia, o dólar chegou a oscilar em baixa no Brasil, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante várias divisas pares do real, como o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano. No entanto, a aceleração do dólar ante outras moedas fortes, como o iene e o euro, acabou empurrando as cotações em outras praças, inclusive no Brasil. “O dólar subiu lá fora em relação a todas as moedas, muito em função do que a próxima primeira-ministra do Japão falou”, pontuou João Oliveira, superintendente de Câmbio na Moneycorp.
A chefe do partido governista do Japão, Sanae Takaichi, que caminha para se tornar primeira-ministra, disse que o banco central do país é responsável pela definição da política monetária, mas que qualquer decisão tem que se alinhar à meta do governo.
“Isso desvalorizou as demais moedas ante o dólar. O iene atingiu o menor valor em vários meses, e o real foi junto”, descreveu Oliveira. Após registrar a cotação mínima de R$5,3240 (-0,36%) às 9h28, o dólar à vista escalou até a máxima de R$5,3808 (+0,71%) às 15h52, em um momento em que a moeda norte-americana também seguia forte no exterior.
No Brasil, os investidores também se mantinham atentos à Brasília, depois que a Câmara dos Deputados retirou de pauta, na noite de quarta-feira, a MP 1303, que tratava da taxação de aplicações financeiras, o que levou à perda de validade de uma das principais propostas de ajuste das contas do Executivo. Na prática, o texto foi rejeitado sem sequer ter tido o mérito analisado. A MP teria impacto fiscal de R$14,8 bilhões em 2025 e de R$36,2 bilhões em 2026, considerando as novas receitas previstas e os cortes de despesas, conforme o Ministério da Fazenda.
Em entrevista à rádio Piatã, da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou antes da abertura dos mercados que discutirá com ministros na próxima semana como o sistema financeiro, especialmente as fintechs, pode pagar o imposto devido, após a queda da MP. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou pela manhã que apresentará a Lula várias alternativas à MP.
Também pela manhã, durante evento em São Paulo, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton José David, avaliou que metade do ganho de valor do real este ano se deve à valorização da própria moeda brasileira, enquanto a outra metade se deve ao enfraquecimento do dólar. O diretor do BC citou ainda uma característica do mercado de câmbio brasileiro, que tem mais de 90% da liquidez concentrada nos derivativos, contra cerca de 10% do segmento spot (à vista) -- ao contrário do que se vê em outros países, que concentram cerca de 50% em cada um dos segmentos.
Por conta disso, segundo ele, quando ocorre alguma disfuncionalidade no mercado de câmbio, atuar no spot não é o mais eficiente.
Nesta sessão, o Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial para rolagem dos vencimentos de novembro. No exterior, às 17h06, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- subia 0,56%, a 99,408.
Ibovespa reduz fôlego com IPCA e derrubada de MP
O Ibovespa perdia o fôlego nesta quinta-feira, após superar os 143 mil pontos mais cedo, em meio à repercussão do IPCA abaixo do esperado em setembro, bem como da derrubada de medida provisória que tratava da taxação de aplicações financeiras.
Por volta de 11h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação positiva de 0,12%, a 142.309,48 pontos, após marcar 143.212,02 pontos na máxima mais cedo. Na mínima, chegou a 142.090,52 pontos. O volume financeiro somava R$4,24 bilhões.
De acordo com o IBGE, o IPCA subiu 0,48% em setembro, após queda de 0,11% em agosto, mas abaixo da alta de 0,52% estimada por economistas em pesquisa da Reuters. Em 12 meses, a taxa ficou em 5,17%, de 5,13% em agosto e previsão de 5,22%. Em Brasília, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu uma dura derrota na Câmara dos Deputados na quarta-feira com a retirada de pauta da Medida Provisória 1303, que na prática levou à perda de validade da principal proposta de ajuste das contas do Executivo para 2026.
O governo e seus aliados concordaram em desidratar a proposta inicial do governo que previa um aumento de arrecadação de R$20,9 bilhões no ano que vem. Mas, mesmo alterando este impacto para R$17 milhões, não adiantou. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que serão apresentadas várias medidas alternativas. A MP tinha como objetivo compensar a derrubada de parte das mudanças feitas pelo governo no decreto que elevou alíquotas do IOF.
"As atenções agora se voltam para as novas estratégias do governo em relação à arrecadação ou ao corte de gastos, com vistas ao cumprimento das metas fiscais", ressaltou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.
Wall Street cai e interrompe rali recorde conforme temporada de balanços se aproxima
As ações dos Estados Unidos terminaram no território negativo nesta quinta-feira, conforme investidores, sem dados econômicos ou qualquer catalisador que influencie o humor do mercado, aproveitaram a oportunidade para se consolidar antes da temporada de balanços do terceiro trimestre.
Os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram em relação aos recordes de fechamento de quarta-feira, mas o índice Dow Jones fechou com a maior queda percentual. De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,27%, para 6.735,22 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq registrou variação negativa de 0,08%, para 23.023,95 pontos. O Dow Jones caiu 0,51%, para 46.363,20 pontos.
As bolsas da Europa fecharam sem direção única
Perto do horário de fechamento, o Stoxx 600 caía 0,37%, a 571,69 pontos. Bolsa de Londres, O índice FTSE 100 fechou em queda de 0,41%, a 9.509,40 pontos.
Em Frankfurt, o DAX fechou em alta de 0,22%, a 24.652,14 pontos, nível inédito, depois de renovar máxima a 24.771,34 pontos durante a sessão. O CAC 40 caiu 0,23%, a 8.041,36 pontos, em Paris. O FTSE MIB teve queda de 1,59%, a 42.791,60 pontos, em Milão. O Ibex 35 perdia 0,48%, a 15.603,00 pontos, em Madri. O PSI 20 subiu 0,99%, a 8.229,95 pontos, em Lisboa.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve alta de 2,98% a 2.638,81 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta
O índice japonês Nikkei subiu 1,77% em Tóquio, a 48.580,44 pontos, Na China continental, os mercados tiveram ganhos de mais de 1% ao reabrirem na esteira de um feriado de uma semana: o Xangai Composto avançou 1,32%, a 3.933,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto, 1,21%, a 2.549,96 pontos.
O pregão em Taiwan foi igualmente positivo, com alta de 0,88% do Taiex, a 27.301,92 pontos. Por outro lado, o Hang Seng recuou 0,29% em Hong Kong, a 26.752,59 pontos.
O mercado da Coreia do Sul voltará a operar amanhã (10), também após feriado de uma semana.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, interrompendo uma sequência de três pregões negativos. O S&P/ASX 200 avançou 0,25% em Sydney, a 8.969,80 pontos. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,49% a 82.172,10 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
