terça-feira, 14 de outubro de 2025
Mercado financeiro Dólar, Ibovespa e Bolsas: 14/10
Bitcoin: R$ 618.983,66 Reais e US$ 112.881,20 Dólares.
Dólar comercial: R$ 5,4694
Dólar turismo: R$ 5,6760
Dólar ptax: R$ 5,4982
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Euro turismo: R$ 6.6651
Dólar perde força após fala de Powell, mas ainda fecha em alta ante o real
Após avançar para acima dos R$5,50 pela manhã, o dólar perdeu força ante o real e encerrou a terça-feira em leve alta, acompanhando a perda de força da moeda norte-americana no exterior após comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em evento nos Estados Unidos.
O dólar à vista fechou com leve alta de 0,19%, aos R$5,4709. No ano, a divisa acumula queda de 11,46%. Às 17h17, na B3 o dólar para novembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,26%, aos R$5,4995.
Pela manhã o dólar sustentou ganhos firmes ante o real, puxado pelo avanço das cotações também no exterior. Naquele momento, investidores buscavam por ativos de menor risco, como Treasuries, dólar e ouro, em detrimento de opções mais arriscadas, como ações, moedas e títulos de países emergentes. Por trás do movimento estavam novamente os receios de um acirramento do embate comercial entre Estados Unidos e China, ainda que o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha baixado o tom contra os chineses no fim de semana. Às 10h51 o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$5,5202 (+1,10%).
Com o dólar oscilando acima dos R$5,50, exportadores aproveitaram para vender moeda, o que reduziu um pouco as cotações, afirmou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. Mas foram os comentários de Powell, segundo ele, que pesaram de forma decisiva sobre a divisa norte-americana. Entre outros pontos abordados, Powell indicou que o fim do processo de redução do balanço patrimonial do Fed -- ou seja, o aperto quantitativo (QT) -- pode estar próximo.
O QT vem sendo executado pelo Fed desde 2022 e, na prática, remove as quantidades excessivas de liquidez no mercado financeiro injetadas durante a pandemia de Covid-19. Ao sinalizar o fim do processo, o Fed indica que pretende parar de drenar a liquidez disponível, estabilizando o sistema -- o que foi bem recebido pelos mercados globais.
Em reação, os índices de ações em Nova York ganharam força e o dólar virou para o negativo ante várias divisas, incluindo o real. Às 15h13 -- já após os comentários de Powell -- o dólar à vista atingiu menor cotação do pregão, de R$5,4556 (-0,09%).
No restante da sessão, o dólar ainda voltou a subir, mas com menor intensidade, mantendo-se distante dos R$5,50. No exterior, às 17h12 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,24%, a 99,067. Pela manhã o Banco Central vendeu 40.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro.
Em Brasília, com efeitos reduzidos sobre as cotações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou durante audiência no Senado que a partir de quarta-feira o governo começará a trabalhar em alternativas para compensar o impacto orçamentário do arquivamento da medida provisória 1303 pela Câmara.
Ibovespa fecha quase estável com EUA-China no radar
O Ibovespa fechou perto da estabilidade nesta terça-feira, em meio a persistentes receios sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China, mas desempenho robusto de papéis como Embraer, após novo pedido de aviões.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,07%, a 141.684,62 pontos, de acordo com dados preliminares, após marcar 141.334,32 na mínima e 142.588,97 na máxima do dia. O volume financeiro no pregão desta segunda-feira somava R$16,99 bilhões antes dos ajustes finais.
Wall Street fecha sem direção única e bancos sobem com resultados otimistas
Wall Street terminou sem direção única nesta terça-feira, com investidores digerindo resultados trimestrais, em sua maioria positivos, de grandes bancos dos Estados Unidos, comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e a contínua guerra comercial entre os EUA e a China.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,15%, para 6.644,38 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,77%, para 22.518,84 pontos. O Dow Jones subiu 0,45%, para 46.272,99 pontos.
As bolsas europeias fecharam sem direção única
Em Frankfurt, o DAX recuou 0,64%, aos 24231,88 pontos, acompanhado pelo CAC 40, de Paris, que perdeu 0,18%, aos 7919,62 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve baixa de 0,22%, a 42075,66 pontos. No sentido oposto, o FTSE 100, de Londres, fechou em alta de 0,10%, a 9452,77 pontos, em Madri, o Ibex 35 avançou 0,29%, a 15583,51 pontos e, em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,02%, a 8228,32 pontos.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve queda de 1,35% a 2,541.63 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam em baixa
Liderando as perdas na Ásia e na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei amargou queda de 2,58% em Tóquio, a 46.847,32 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 1,73% em Hong Kong, a 25.441,35 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,63% em Seul, a 3.561,81 pontos, e o Taiex registrou baixa de 0,48% em Taiwan, a 26.793,15 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve perda relativamente moderada, de 0,62%, a 3.865,23 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto apresentou queda bem mais expressiva, de 1,91%, a 2.439,83 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom negativo da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,19% em Sydney, a 8.889,40 pontos. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 0,36% a 82.029,98 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
