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Dólar sobe ante real na retomada do julgamento de Bolsonaro
O dólar fechou a terça-feira em alta no Brasil, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, com os agentes também mantendo a cautela em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
Após oscilar em margens estreitas durante o dia, o dólar à vista fechou com avanço de 0,34%, aos R$5,4361. No ano a divisa acumula baixa de 12,02%. Às 17h02 na B3 o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,23%, aos R$5,4640.
A retomada do julgamento de Bolsonaro no STF, por tentativa de golpe de Estado, atraiu boa parte das atenções nesta terça-feira, com profissionais ouvidos pela Reuters voltando a citar a cautela entre os investidores.
“Dependendo do resultado, se Bolsonaro for condenado, isso pode estressar o dólar, porque pode haver novas retaliações dos EUA”, comentou durante a tarde Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. Ao estabelecer uma tarifa de 50% para os produtos brasileiros, no fim de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, usou como um dos motivos para a medida o julgamento de Bolsonaro -- um aliado do republicano -- no Supremo.
Na sessão inicial do julgamento nesta terça-feira, que durou até o início da tarde, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, votou pela condenação de Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado. O segundo ministro a votar, Flávio Dino, finalizou seu voto no fim da tarde, também pela condenação do ex-presidente e dos outros sete réus.
Além do julgamento, a expectativa antes da divulgação na quarta-feira dos dados de agosto do IPCA, o índice oficial de inflação, permeava os negócios. A alta do dólar no Brasil também foi favorecida pelo exterior, onde a moeda norte-americana apresentou sinais mistos pela manhã, mas à tarde firmou ganhos ante a maior parte das demais divisas.
Às 17h06, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,42%, a 97,809. No caso de alguns pares do real, porém, o dólar cedia ante o peso chileno e o peso mexicano. Apesar do viés de alta, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil. Na cotação mínima do dia, às 11h, atingiu R$5,4144 (-0,06%). Na máxima, às 13h24, marcou R$5,4411 (+0,43%). Pela manhã, o Banco Central vendeu toda a oferta de 40.000 contratos de swap cambial tradicional em operação de rolagem.
Ibovespa tem queda tímida em dia de ajuste em Raízen e Cosan
O Ibovespa fechou com um declínio discreto nesta terça-feira, com Raízen e Cosan na ponta negativa, em meio a movimentos de realização de lucros após ganhos expressivos recentes, enquanto as ações da blue chip Petrobras ofereceram um contrapeso positivo, em dia de alta do petróleo no exterior.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,12%, a 141.618,29 pontos, após marcar 141.605,45 pontos na mínima e 142.285,53 pontos na máxima. O volume financeiro somou apenas R$18,4 bilhões.
Investidores também voltaram as atenções para Brasília, onde a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus por tentativa de golpe de Estado.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, votou nesta terça-feira pela condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes no processo em que o Bolsonaro é réu ao lado de outras sete pessoas, que também tiveram voto pela condenação proferido por Moraes. Na visão do coordenador de operações na Blue3 Investimentos, João Marcos Vicente de Souza, o julgamento do ex-presidente continua no foco de investidores, mas o desempenho "lateralizado" da bolsa nesta sessão sinaliza que talvez o voto de Moraes já tenha sido em boa parte precificado.
"A bolsa poderia estar repercutindo de uma maneira um pouco mais agressiva, tanto positivamente quanto negativamente."
Após o voto de Moraes, a previsão é de que os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin manifestem suas decisões. De acordo com agentes financeiros, há um certo receio acerca de eventuais retaliações dos Estados Unidos ao desfecho do julgamento.
Wall Street segue contida com apostas no corte de juros
Os principais índices de Wall Street ficaram majoritariamente contidos nesta terça-feira, após fecharem próximos das máximas históricas na sessão anterior, enquanto uma revisão para baixo dos dados de empregos nos EUA manteve intactas as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve.
Às 11h52, o índice Dow Jones subia 0,05%, aos 45.538,87 pontos, o S&P 500 cedia 0,10%, aos 6.488,61 pontos, e o Nasdaq tinha baixa de 0,28%, aos 21.737,45 pontos.
A economia dos EUA provavelmente criou 911.000 empregos a menos nos 12 meses até março, na comparação com a estimativa anterior, disse o governo, sugerindo que a criação de vagas já estava arrefecendo antes das tarifas agressivas sobre importações implementadas pelo presidente Donald Trump. As apostas em um corte de juros de 25 pontos-base na próxima semana pelo Fed, que já estava precificado, permaneceram intactas após os números, enquanto as de uma redução de 50 pontos-base ficaram em cerca de 10%, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
Indicadores recentes do mercado de trabalho já vinham gerando preocupações entre investidores e autoridades do Fed, com os dados do relatório payroll de julho e agosto confirmando o enfraquecimento das condições no mercado de trabalho. Já o ataque de Israel a líderes do Hamas em Doha, capital do Catar, impulsionou os já crescentes preços do petróleo, o que elevava em mais de 1% o setor de energia em Nova York.
Relatórios de inflação previstos para esta semana também estarão no radar dos investidores para medir o impacto das políticas tarifárias de Trump na economia dos EUA e avaliar se haveria argumento para um corte maior de juros. “Dada a recente fraqueza nos dados do mercado de trabalho, mesmo que vejamos dados de inflação elevados nesta semana, o Fed cortaria os juros na semana que vem”, disse Chris Kampitsis, sócio-gerente do Barnum Financial Group.
“Mas seria um corte único, especialmente se a inflação permanecer elevada no curto prazo.”
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único
O STOXX 600 registrou variação positiva de 0,06%, a 552,39 pontos
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,23%, a 9.242,53 pontos. Em Frankfurt, o DAX perdeu 0,31%, a 23.733,20 pontos. Em Paris, o CAC 40 se mostrou relativamente protegido do ambiente político e registrou ganho de 0,19%, a 7.749,39 pontos. O IBEX35, em Madrid, apontou alta de 0,15%, aos 15.024,30 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI20 recuou 0,86%, aos 7.687,51 pontos.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve alta de 0,47% a 2.935,39 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única
O índice japonês Nikkei caiu 0,42% em Tóquio, a 43.459,29 pontos, apagando ganhos do começo do pregão, quando pela primeira vez chegou a ultrapassar a marca dos 44 mil pontos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 1,19% em Hong Kong, a 25.938,13 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 1,26% em Seul, a 3.260,05 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,25% em Taiwan, a 24.855,18 pontos.
Na China continental, o dia foi de perdas, de 0,51% do Xangai Composto, a 3.807,29 pontos, e de 1,11% do menos abrangente Shenzhen Composto, a 2.400,55 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo segundo dia consecutivo, com queda de 0,52% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.803,50 pontos.
Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,39% a 81.101,32 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
