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Dólar fecha abaixo de R$5,30 pela 1ª vez em 15 meses
O dólar recuou pela quinta sessão consecutiva no Brasil e encerrou a terça-feira abaixo dos R$5,30, o que não ocorria desde junho de 2024, com as cotações refletindo a expectativa pelo corte iminente de juros nos EUA e fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmando o compromisso do governo com as metas fiscais.
Em um dia de queda firme do dólar também no exterior, a moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 0,44%, aos R$5,2987 -- menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando fechou em R$5,2493. Desde esta data a divisa não encerrava abaixo dos R$5,30. Em 2025, o dólar acumula queda de 14,25%. Às 17h05 na B3 o dólar para outubro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,46%, aos R$5,3150.
A moeda norte-americana cedeu durante praticamente todo o dia no Brasil, acompanhando a queda firme das cotações no exterior, com os agentes à espera de um corte de juros de pelo menos 25 pontos-base pelo Federal Reserve na quarta-feira.
“O principal fator (para a queda do dólar) é a maior chance de haver três quedas ao longo deste ano na taxa de juros lá fora. Até abril, a gente tinha a expectativa de que (a taxa) fosse cair, mas isso demorou mais que o esperado”, comentou durante a tarde Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “E toda a expectativa acumulada de queda de juros está se consolidando agora”, acrescentou.
No caso do Brasil, a perspectiva de que o Banco Central mantenha a taxa básica Selic em 15% pelo menos até o início de 2026 reforçava a leitura de que o país seguirá atrativo ao capital internacional, o que pesava sobre as cotações. O movimento se intensificou ainda pela manhã, após Haddad afirmar em evento promovido pelo grupo financeiro J. Safra que o governo pretende cumprir as metas fiscais de 2025 e 2026, acrescentando que para isso depende da “compreensão” do Congresso Nacional.
O ministro disse ainda que negociou com lideranças da Câmara o andamento de projetos para compor o Orçamento de 2026. As metas do governo são de resultado primário zero em 2025 e superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026 -- nos dois casos há uma tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB para mais ou para menos. Em meio aos comentários de Haddad, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) migraram para o território negativo e o dólar foi cotado pela primeira vez no dia abaixo dos R$5,30 perto das 10h.
À tarde, às 14h30, a moeda norte-americana à vista atingiu a cotação mínima intradia de R$5,2920 (-0,56%), para depois encerrar um pouco acima deste patamar. Nas últimas cinco sessões, o dólar acumulou queda de 2,53% ante o real, acompanhando o recuo da divisa no exterior em função da expectativa de cortes de juros pelo Fed.
O fato de os Estados Unidos, pelo menos por enquanto, não ter anunciado novas medidas de retaliação ao Brasil após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado pavimentou o caminho para um dólar mais próximo de R$5,30 que de R$5,40. No exterior, às 17h13, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,70%, a 96,671.
Ibovespa renova máximas e fecha acima de 144 mil pontos
O Ibovespa renovou máximas históricas nesta terça-feira, fechando acima dos 144 mil pontos pela primeira vez, enquanto agentes financeiros continuam apostando na queda dos juros nos Estados Unidos nesta semana, mas a alta foi modesta e o volume financeiro ficou abaixo da média do ano.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,36%, a 144.061,74 pontos, renovando o recorde para fechamento. No melhor momento do dia, marcou 144.584,10 pontos, novo topo histórico intradia. Na mínima, registrou 143.546,58 pontos.
O volume financeiro somou R$21,01 bilhões, acima da média diária do mês, de apenas R$18,6 bilhões, mas ainda abaixo da média em 2025, de R$23,6 bilhões.
Wall Street cai com investidores cautelosos antes de decisão do Fed sobre juros
Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram em baixa em negociações voláteis nesta terça-feira, com a cautela se estabelecendo antes de um esperado corte da taxa de juros pelo Federal Reserve.
O Dow Jones caiu 0,27%, para 45.757,90 pontos. O S&P 500 perdeu 0,13%, para 6.606,76 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq registrou variação negativa de 0,07%, para 22.333,96 pontos. Investidores ainda estão, em grande parte, precificando um corte de 25 pontos-base do banco central dos Estados Unidos no final da sua reunião de dois dias na quarta-feira, para compensar a deterioração do mercado de trabalho norte-americano, evidenciada por vários indicadores econômicos recentes.
Dados desta terça-feira mostraram que as vendas no varejo dos EUA aumentaram mais do que o esperado em agosto, mas isso alterou pouco as expectativas de corte nos juros. "Qualquer tipo de dado econômico resiliente só reafirmará os membros mais duros do Comitê Federal de Mercado Aberto (...) e poderá dar um pouco de combustível para que (o chair do Fed, Jerome) Powell se mostre um pouco mais duro do que o mercado espera", disse Ross Mayfield, estrategista de investimentos da Baird Private Wealth Management.
Investidores também minimizaram as notícias de que o Senado dos EUA confirmou o assessor econômico da Casa Branca Stephen Miran para a diretoria do Fed e que um tribunal de apelações rejeitou a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump, de demitir a diretora do Fed Lisa Cook. Seis dos 11 setores do S&P 500 terminaram em baixa, com os de serviços públicos e imobiliário em queda de 1,81% e 0,66%, respectivamente.
As bolsas da Europa fecharam em queda
Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,88%, aos 9.195,66 pontos. Em Frankfurt, o DAX perdeu 1,79%, a 23.324,47 pontos. Em Paris, o CAC 40 registrou queda de 1,00%, a 7.818,22 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 1,28%, aos 42.504,56 pontos. O IBEX35, em Madrid, apontou baixa de 1,52%, aos 15.161,70 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI20 cedeu 0,37%, aos 7.737,97 pontos.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve queda de 0,27% a 2.802,14 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta
Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 0,30% em Tóquio, à nova máxima histórica de 44.902,25 pontos, depois de ultrapassar pela primeira vez a marca dos 45 mil pontos durante o pregão. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 1,24% em Seul, a 3.449,62 pontos, também patamar recorde, e o Taiex garantiu alta de 1,07% em Taiwan, a 25.629,64 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto teve ganho marginal de 0,04%, a 3.861,86 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,74%, a 2.489,78 pontos. Na contramão, o Hang Seng apresentou ligeira perda de 0,03% em Hong Kong, a 26.438,51 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou o tom positivo de Wall Street e da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,28% em Sydney, a 8.877,70 pontos. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,73% a 82.380,69 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
