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Dólar recua com consolidação de apostas em corte de juros pelo Fed em setembro
O dólar registrou leve baixa ante o real no fechamento desta quinta-feira, conforme o mercado doméstico acompanhou o desempenho da moeda norte-americana no exterior diante da consolidação da perspectiva de que o Federal Reserve poderá cortar a taxa de juros a partir de setembro.
O dólar à vista fechou em queda de 0,22%, a R$5,4062. Às 17h15, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,27%, a R$5,409 na venda.
Os movimentos do real nesta sessão tiveram como forte fator de influência a fraqueza do dólar nos mercados globais, conforme os agentes financeiros elevaram as apostas em corte de juros pelo Fed em setembro mesmo após dados econômicos fortes divulgados ao longo do dia.
Como destaque, o governo norte-americano informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,3% a uma taxa anualizada no segundo trimestre, acima da expansão de 3,0% relatada em uma estimativa do mês anterior e revertendo a contração registrada no período de janeiro a março. Mas os números, que poderiam em tese sinalizar um espaço menor para o Fed cortar os juros, não alteraram as apostas de que o banco central dos EUA retomará o afrouxamento monetário em setembro. Operadores estão precificando 88% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual em setembro, segundo a LSEG.
"(O PIB) ainda foi pouco para influenciar a política do Federal Reserve. Deverá haver uma ligeira redução da taxa de juros nos EUA em 17 de setembro, apesar desse resultado um pouco mais forte", disse Gesner Oliveira, professor da FGV e sócio da GO Associados. Juros mais baixos nos EUA tornam os ativos do país menos interessantes para investidores estrangeiros, que buscam destinos com retornos mais atrativos. Com o diferencial de juros atual entre EUA e Brasil, o real surge como uma boa opção para a alocação de recursos.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,24%, a 97,885. Na sexta-feira, as projeções sobre o Fed serão testadas novamente, quando o governo divulgará os dados de julho do índice PCE -- o indicador que o banco central dos EUA utiliza para determinar sua meta de inflação de 2%. Na mínima do dia, o dólar atingiu R$5,39545 (-0,42%), às 14h06. A máxima foi de R$5,4313 (+0,24%), às 10h38.
No cenário doméstico, a agenda econômica foi vazia. Os investidores se concentraram em uma noticiário desfavorável para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no contexto do cenário eleitoral de 2026. Os agentes reagiram positivamente a uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg que apontou empate técnico entre Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um eventual segundo turno nas eleições de 2026.
Também não houve novidades sobre a disputa comercial entre Brasil e EUA, à medida que o governo brasileiro segue tentando negociar a tarifa de 50% imposta por Washington sobre produtos do país.
Ibovespa avança e flerta com 142 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, ultrapassando os 142 mil pontos pela primeira vez no melhor momento, referendado pelo desempenho robusto de ações do setor financeiro, enquanto uma megaoperação contra o crime organizado no ramo de combustíveis apoiou o avanço de Ultrapar, Vibra e Raízen.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,32%, a 141.049,2 pontos, alcançando 142.138,27 pontos na máxima do dia, renovando topo histórico intradia, com a eleição de 2026 já no radar. Na mínima, marcou 139.205,81 pontos. O volume financeiro somou R$22,69 bilhões, de uma média diária no mês de R$22,86 bilhões.
Com agentes financeiros já de olho no ciclo eleitoral de 2026, apesar da distância para o pleito e a ausência de definições sobre candidatos, agradou pesquisa mostrando uma disputa acirrada entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em um dos cenários considerados em pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira, Lula aparece com 44,1% das intenções de votos no primeiro turno da eleição presidencial de 2026, enquanto Tarcísio ficou com 31,8%. No segundo turno do mesmo cenário, Tarcísio tem 48,4%, enquanto Lula registra 46,6%.
De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, há um entendimento no mercado de que o governador de São Paulo teria uma política econômica mais alinhada aos interesses de investidores, com declarações incluindo defesa de Estado mais enxuto e apoiando reformas como a previdenciária e a tributária. "E aí quando sai uma pesquisa mais a favor, sem nenhuma outra notícia muito negativa para os ativos brasileiros, isso acaba animando", afirmou. "Mas o volume da bolsa, embora um pouco melhor hoje, mostra que o investidor ainda está reticente, dado o nível de juros e muitas incertezas ainda no horizonte."
Na visão do especialista em investimentos Gabriel Filassi, sócio da AVG Capital, a pesquisa foi um dos fatores que ajudou a impulsionar o Ibovespa nesta quinta-feira, uma vez que mostrou Tarcísio à frente em um eventual segundo turno, o que é "visto como positivo pelo mercado". "Além disso, o cenário de expectativa de corte de juros nos EUA reforça o otimismo global, repercutindo positivamente aqui, já que boa parte do capital estrangeiro, em momento de queda de juros nos EUA, migra para emergentes", acrescentou.
S&P 500 marca recorde de fechamento conforme resultados da Nvidia reforçam alta da IA
O índice S&P 500 atingiu um recorde de fechamento nesta quinta-feira, depois que o relatório trimestral da Nvidia ficou abaixo das altas expectativas de investidores, mas confirmou que os gastos relacionados à infraestrutura de inteligência artificial continuam fortes.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,30%, para 6.501,02 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,54%, para 21.706,04 pontos. O Dow Jones subiu 0,15%, para 45.635,58 pontos.
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,20%, a 553,67 pontos. Em Londres, o FSTE 100 caiu 0,42%, a 9.216,82 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,01%, a 24.044,23 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,24%, a 7.762,60 pontos.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,23%, a 42.447,10 pontos. Em Madri, o Ibex 35 avançou 0,34%, a 15.071,40 pontos, retomando o nível de 15 mil. Em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,17%, a 7.802,78 pontos.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve alta de 0,01% a 2.911,64 pontos.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta
O índice Xangai Composto, que encerrou em 3.843,60 pontos. O menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,55%, a 2.431,32 pontos.Em Hong Kong, por outro lado, o Hang Seng cedeu 0,81%, a 24.998,82 pontos.
Entre outras praças asiáticas, o índice Nikkei subiu 0,73% em Tóquio, a 42.828,79 pontos, na máxima do dia. O sul-coreano Kospi ganhou 0,29% em Seul, a 3.196,32 pontos, Em Taiwan, a baixa de 1,16% do índice Taiex, a 24.236,45 pontos.
Na Oceania, o S&P/ASX 200 ganhou 0,22%, a 8.980,00 pontos, em Sydney. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 0,87% a 80.080,57 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
