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Dólar sobe na contramão do exterior com reação do mercado ao IPCA-15
O dólar à vista subiu ante o real nesta terça-feira, na contramão dos movimentos da moeda norte-americana no exterior, conforme a preocupação com a inflação no Brasil ofuscou um movimento de venda de ativos dos Estados Unidos nos mercados globais.
O dólar à vista fechou em alta de 0,36%, a R$5,4339. Às 17h20, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,38%, a R$5,442 na venda.
Os movimentos do real nesta sessão estiveram concentrados em fatores domésticos, particularmente na reação dos agentes financeiros às surpresas altistas nos dados do IPCA-15 de agosto, divulgados mais cedo pelo IBGE.
O IPCA-15 teve queda de 0,14%, após avanço de 0,33% no mês anterior, registrando deflação em agosto pela primeira vez em dois anos graças à incorporação do chamado Bônus de Itaipu nas contas de energia e à queda nos preços dos alimentos. Se em um primeiro momento o mercado nacional reagiu bem aos números, com o dólar chegando a recuar frente ao real na abertura, a análise mais aprofundada do relatório sugeriu um cenário mais pessimista para a inflação no país.
"Do ponto de vista do qualitativo, os dados registraram uma leve piora na passagem de julho para agosto. Itens importantes e monitorados pelo Banco Central apresentaram uma alta acima do esperado", disse Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research. Ao longo do dia, na esteira do crescente incômodo com os dados de inflação, os investidores passaram a vender a moeda brasileira, em um sinal de desconfiança na capacidade do país de controlar a alta dos preços.
"Abrimos o dia com o mercado aliviado com o IPCA-15, que foi uma deflação, ainda que acima do esperado. Mas aí o mercado avaliou também que foi um ajuste pontual e não recorrente, por isso que o dólar virou", afirmou Santiago Schmitt, especialista em renda fixa da Manchester Investimentos. Na cotação máxima do dia, o dólar atingiu R$5,44928 (+0,64%), às 13h32. A mínima de R$5,3994 (-0,28%) foi atingida logo após a abertura.
No cenário externo, por outro lado, o dia foi de queda da moeda norte-americana ante seus principais pares, à medida que os investidores se afastaram dos ativos dos EUA na esteira da tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump, de demitir a diretora do Federal Reserve Lisa Cook.
Trump pediu que Cook renunciasse em 20 de agosto, depois que o diretor da Agência Federal de Financiamento Habitacional dos EUA, William Pulte, acusou-a de reivindicar duas de suas hipotecas como residências principais. A diretora respondeu que o presidente não tem autoridade de demiti-la. Desde que Trump retornou à Casa Branca em janeiro, ele vem pressionando as autoridades do Fed a reduzirem a taxa de juros, o que ainda não aconteceu, despertando nos mercados a preocupação de desgaste da independência do banco central.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,21%, a 98,265.
Ibovespa tem queda com Petrobras; Vale e BB atenuam perda
O Ibovespa fechou com uma queda modesta nesta terça-feira, com as ações da Petrobras entre os pesos negativos em meio ao declínio do petróleo no exterior, enquanto Vale atenuou a perda, assim como Banco do Brasil, que avançou 1,65%, em dia de trégua na pressão vendedora, atuando como um contrapeso positivo.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,18%, a 137.771,39 pontos, após marcar 137.058,48 pontos na mínima e 138.036,72 pontos na máxima. O volume financeiro somou apenas R$19,9 bilhões.
A segunda sessão da semana teve também de pano de fundo a escalada nas tensões entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Federal Reserve, após o republicano anunciar na véspera que irá destituir Lisa Cook do cargo de diretora do Fed, alegando declarações falsas em formulários de hipotecas.
S&P 500 termina em alta após Trump atacar Fed e Nvidia sobe
O índice S&P 500 encerrou em alta nesta terça-feira, impulsionado pela Nvidia e Eli Lilly, enquanto a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de demitir uma diretora do banco central norte-americano aprofundou as preocupações sobre a independência do Federal Reserve.
O S&P 500 subiu 0,41%, para 6.465,94 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq ganhou 0,44%, para 21.544,27 pontos. O Dow Jones avançou 0,30%, para 45.418,07 pontos.
A Nvidia subiu 1,1% antes da divulgação de seu relatório trimestral na quarta-feira, que mostrará como a empresa mais valiosa do mundo está se saindo no fogo cruzado da guerra comercial em curso entre Washington e Pequim. O relatório da fabricante de chips também pode alimentar -- ou enfraquecer -- a alta de Wall Street em ações relacionadas à inteligência artificial. Trump, na segunda-feira, disse que estava removendo a diretora do Fed Lisa Cook por supostas impropriedades na obtenção de empréstimos hipotecários, aumentando as preocupações sobre a independência do banco central em relação a influências políticas.
"A comunidade do mercado financeiro está cada vez mais preocupada com essa independência. Essa é uma preocupação real no longo prazo. Mas, no curto prazo, o quanto isso altera a trajetória da política de juros nos próximos seis a 12 meses? Acho que já está sinalizado que teremos uma política monetária mais frouxa nos próximos seis a 12 meses", disse Bill Merz, chefe de Pesquisa de Mercado de Capitais do U.S. Bank Wealth Management.
Apesar das pressões inflacionárias persistentes, operadores têm precificado um corte de 25 pontos-base na taxa de juros para a reunião de política monetária do Fed em setembro, incentivados por sinais "dovish" do chair do Fed, Jerome Powell, dados que apontam para a fraqueza do mercado de trabalho e uma mudança na composição do banco central. A Eli Lilly saltou quase 6% depois que a fabricante de medicamentos disse que sua pílula experimental reduz o peso corporal em 10,5% em pacientes com diabetes.
Sete dos 11 setores do S&P 500 subiram, liderados pelo industrial, com alta de 1,03%, seguido por um ganho de 0,76% no financeiro.
As bolsas da Europa fecharam em baixa
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,83%, a 554,20 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,60%, a 9.265,80 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,38%, a 24.179,87 pontos. Em Paris, o CAC 40 cedeu 1,70%, a 7.709,81 pontos.
Em Milão, FTSE MIB caiu 1,32%, a 42.654,95 pontos. Em Madri, o Ibex35 recuou 0,94%, a 15.122,10 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,92%, a 7.844,17 pontos.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve queda de 0,02% a 2.886,58 pontos.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda
O índice Nikkei, referência na Bolsa de Tóquio, encerrou o pregão em baixa de 0,97%, a 42.394,40 pontos. Em Seul, o Kospi perdeu 0,95%, a 3.179,36 pontos.
Na China, o Xangai composto recuou 0,39%, a 3.868,38 pontos, mas o menos abrangente conseguiu computar alta de 0,18%, a 2.440,79 pontos.
Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,18%, a 25.524,92 pontos, em ajuste após ter alcançado maior nível desde outubro de 2021 ontem. Já o índice de blue chips CSI 300 recuou 0,37%, a 4.452,59 pontos, após tocar máxima em três anos na véspera.
Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,11%, a 24.305,10 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200 baixou 0,41%, a 8.935,60 pontos, em Sydney. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 1,04% a 80.786,54 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
