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Dólar fecha perto da estabilidade com diferencial de juros compensando pressões
O dólar à vista fechou perto da estabilidade ante o real nesta quinta-feira, com a moeda brasileira registrando um desempenho melhor que a maioria de seus pares, conforme o diferencial de juros ainda grande entre Brasil e Estados Unidos contribuiu para proteger a divisa das pressões domésticas e externas.
O dólar à vista fechou em alta de 0,08%, a R$5,4771. Às 17h11, na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,05%, a R$5,493 na venda.
Os movimentos da moeda brasileira variaram em uma faixa estreita na sessão, enquanto globalmente o dólar avançava sobre divisas fortes e emergentes na esteira de reajustes na perspectiva para a política monetária do Federal Reserve. Um dia antes de aguardado discurso do chair do Fed, Jerome Powell, no simpósio econômico de Jackson Hole, promovido pelo banco central dos EUA, os mercados foram surpreendidos com uma pesquisa PMI, da S&P Global, que mostrou que o setor industrial do país retomou o crescimento em agosto.
Com isso, operadores reduziram a 70% a chance de o Fed retomar os cortes na taxa de juros a partir de setembro, segundo dados da LSEG, ante uma probabilidade de 84% no dia anterior. A mudança impulsionou o dólar, que se beneficia de um patamar mais alto para os custos dos empréstimos.
"O cenário da economia norte-americana é bastante complexo e incerto, tem dúvidas importantes, porque a gente ainda não entende muito bem quais são as mudanças que estão acontecendo na economia", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. "Por isso o discurso de Powell vai ser importante. Em Jackson Hole, ele costuma trazer mensagens importantes sobre a política monetária, e os investidores querem saber como é que ele está enxergando esse balanço de riscos para o país."
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,44%, a 98,660. No Brasil, a pressão externa do dólar era controlada pelo elevado diferencial de juros entre o país e os EUA, o que favorece o uso da divisa brasileira em estratégias de "carry trade" de investidores estrangeiros. Enquanto o Fed parece a caminho de cortar os juros, o Banco Central tem indicado que a taxa Selic, agora em 15%, permanecerá elevada por tempo bastante prolongado.
"Mercado vem colocando prêmio de risco no Brasil de forma geral, mas o câmbio não vem sofrendo tanto. Subiu pouco para todos os riscos no radar. O custo de apostar contra é muito alto por conta do diferencial de juros", afirmou Marcelo Bacelar, gestor de portfólio da Azimut Brasil Wealth Management. Esse cenário permitiu ainda uma proteção do real diante de outro risco local: a percepção de agravamento no impasse comercial entre Brasil e EUA.
Desde a decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de vetar que cidadãos brasileiros sejam afetados por leis estrangeiras relacionadas a atos cometidos no Brasil, o mercado tem demonstrado receios de uma resposta do lado norte-americano que possa impactar as operações de bancos nacionais. Os agentes também veem menos espaço para o Brasil negociar a tarifa de 50% imposta pelos EUA. A decisão de Dino indicou, na prática, que o ministro Alexandre de Moraes não poderá sofrer as consequências das sanções econômicas impostas por Washington a ele.
O dólar chegou a disparar ante o real na terça-feira, com o mercado reagindo à decisão de Dino, mas, desde então, não tem acumulado ganhos amplos ante a moeda brasileira. Na cotação máxima da sessão, o dólar atingiu R$5,4953 (+0,41%), na primeira hora de negociações. A mínima da moeda foi de R$5,4667 (-0,11%), às 10h36. Pela manhã, o Banco Central vendeu 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.
Ibovespa Vale atenua perda em meio a incertezas locais antes de Jackson Hole
O Ibovespa fechou quase estável nesta quinta-feira, em mais um pregão de volume reduzido, com Vale oferecendo um contrapeso positivo, diante de investidores melindrados com incertezas domésticas e cautela antes de discurso do chair do Federal Reserve na sexta-feira.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,12%, a 134.510,85 pontos, após marcar 133.874,43 pontos na mínima e 134.836,72 pontos na máxima. O volume financeiro somou apenas R$15,49 bilhões.
De acordo com o analista Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, a bolsa continuou sensível ao ruído jurídico-diplomático doméstico, com o fluxo de recursos especialmente sensível ao noticiário envolvendo a Lei Magnitsky e seus desdobramentos para o setor financeiro. Eventos recentes, citou, reavivaram dúvidas sobre a intersecção entre sanções estrangeiras e a operação cotidiana dos bancos com exposição internacional, reprecificando risco regulatório e minando o sentimento do segmento.
Wall Street recua conforme investidores se preparam para discurso de Powell
Os principais índices de Wall Street caíram nesta quinta-feira, com investidores temendo comentários potencialmente duros do chair do Federal Reserve na sexta-feira, o que pode desencadear volatilidade, enquanto os resultados trimestrais da grande varejista Walmart (NYSE:WMT) prejudicaram o humor do mercado.
Todas as atenções estão voltadas para o simpósio de Jackson Hole, onde o chair do Fed, Jerome Powell, discursará na sexta-feira. Operadores acompanharão de perto suas falas para obter pistas sobre os cortes na taxa de juros dos Estados Unidos em setembro, após a recente fraqueza do mercado de trabalho.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,40%, para 6.370,15 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,34%, para 21.100,31 pontos. O Dow Jones caiu 0,34%, para 44.783,75 pontos.
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único
O índice pan europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,03%, a 558,91 pontos.
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,23%, a 9.309,20 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,06%, a 24.291,32 pontos. Em Paris, o CAC 40 cedeu 0,44%, a 7.938,29 pontos.
Em Madri, o Ibex 35, que recuou 0,04%, a 15.286,60 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,35%, a 43.013,44 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,43%, a 8.020,36 pontos.
Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve queda de 2,03% a 2.881,11 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única
O índice japonês Nikkei caiu 0,65% em Tóquio, a 42.610,17 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul, a 3.141,74 pontos, o Hang Seng recuou 0,24% em Hong Kong, a 25.104,61 pontos, e o Taiex subiu 1,43% em Taiwan, a 23.962,13 pontos, revertendo parte do tombo de 3% do pregão anterior.
Na China continental, o Xangai Composto teve modesta alta de 0,13% nesta quinta, a 3.771,10 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,20%, a 2.358,08 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana terminou o pregão em nível recorde, O S&P/ASX 200 avançou 1,13% em Sydney, a 9.019,10 pontos, ultrapassando pela primeira vez a marca de 9 mil pontos. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,17% a 82.000,71 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.