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terça-feira, 19 de agosto de 2025

Mercado financeiro Dólar, Ibovespa e Bolsas: 19/08

Bitcoin: R$ 625.318,33 Reais e US$ 113.556,70 Dólares.
Dólar comercial: R$ 5,4993
Dólar turismo: R$ 5,6854
Dólar ptax: R$ 5,4716
Euro comercial: R$ 6,405
Euro turismo: R$ 6.725

Dólar salta mais de 1% com percepção de piora nas relações Brasil-EUA

O dólar à vista disparou mais de 1% contra o real nesta terça-feira, cravando o patamar de R$5,50 no fechamento, conforme os investidores se desfizeram da moeda brasileira diante da percepção de agravamento das tensões diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

O dólar à vista fechou em alta de 1,19%, a R$5,50, a maior cotação em duas semanas. Às 17h13, na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,06%, a R$5,516 na venda.

Com uma agenda vazia no exterior, o mercado doméstico permaneceu com as atenções voltadas para as tentativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negociar a tarifa de 50% imposta pelos EUA no início do mês sobre produtos brasileiros.
A avaliação dos agentes financeiros é que as dificuldades do governo em abrir diálogo com Washington sobre as tarifas aumentaram a partir de decisão judicial emitida pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dino determinou, na segunda-feira, que cidadãos brasileiros não podem ser afetados em território nacional por leis ou decisões estrangeiras aplicadas sobre atos cometidos no Brasil. A decisão indicou que o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, não poderá sofrer no Brasil as consequências das sanções impostas a ele pelo governo dos EUA no mês passado, com base na Lei Magnitsky --ainda que Dino não tenha citado essa determinação de Washington.

O governo do presidente Donald Trump impôs as sanções a Moraes sob o argumento de que ele autoriza prisões arbitrárias antes de julgamentos e suprime a liberdade de expressão. O ministro é relator do processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu, acusado de tramar um golpe de Estado. Trump tem vinculado a imposição da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, entre outros pontos, à "caça às bruxas" que Bolsonaro viria sofrendo pela Justiça do Brasil.

Ao longo do dia, cresceu entre agentes financeiros a percepção de que a decisão de Dino dificulta as negociações e cria a possibilidade de uma resposta do lado norte-americano, que poderia incluir sanções a instituições financeiras que não cumprem as sanções dos EUA. "Vejo a questão tarifária pegando muito forte. O STF parece estar tentando enfrentar as sanções da Lei Magnitsky. Quando esse tipo de coisa acontece, acaba pegando para o mercado no Brasil", disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. "Isso dificulta a negociação das tarifas, que deixou de ser uma questão comercial há muito tempo", completou.

O dólar atingiu a cotação máxima do dia, a R$5,5051 (+1,29%), já na última hora de negociação. A mínima da sessão foi de R$5,4339 (-0,02%), alcançada logo após a abertura.

No cenário externo, os investidores operavam com cautela neste pregão, à medida que aguardam o discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na sexta-feira, durante o simpósio econômico anual de Jackson Hole, do Fed. Operadores têm precificado uma chance elevada de o Fed cortar a taxa de juros em setembro, segundo dados da LSEG, com mais uma redução precificada até o fim do ano. Um discurso de Powell com postura agressiva contra a inflação poderia impactar essas projeções.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,15%, a 98,277. Pela manhã, o Banco Central vendeu 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025.

Ibovespa recua 2% pressionado por bancos

O Ibovespa fechou em forte queda nesta terça-feira, com bancos entre as maiores pressões de baixa, reflexo de ruídos desencadeados pela decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de que leis e decisões estrangeiras não se aplicam a brasileiros no Brasil, enquanto Raízen voltou a desabar.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em baixa de 2,1%, a 134.432,26 pontos, tendo marcado 133.996,87 pontos na mínima e 137.321,13 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$22,4 bilhões.

Nasdaq e S&P 500 caem com ações de tecnologia afetadas por nervosismo com Jackson Hole

Os índices Nasdaq e S&P 500 caíram nesta terça-feira, pressionados por ações de tecnologia, com investidores se preparando para o que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, dirá sobre a trajetória da taxa de juros no simpósio de Jackson Hole nesta semana.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,58%, para 6.411,53 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 1,45%, para 21.315,95 pontos. O Dow Jones registrou variação positiva de 0,02%, para 44.922,64 pontos.

As bolsas da Europa fecharam em alta 

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,69%, a 557,81 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,34%, a 9.189,22 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,50%, a 24.435,55 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,21%, a 7.979,08 pontos. 

Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,89%, a 43.021,22 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 0,34%, a 15.303,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 1,05%, a 7.962,93 pontos. Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve alta de 0,39% a 2.962,79 pontos.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa 

O índice japonês Nikkei caiu 0,38% em Tóquio, a 43.546,29 pontos, Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 0,81% em Seul, a 3.151,56 pontos, o Hang Seng cedeu 0,21% em Hong Kong, a 25.122,90 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,53% em Taiwan, a 24.353,50.

Na China continental, o Xangai Composto ficou praticamente estável, com baixa marginal de 0,02%, a 3.727,29 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,11%, a 2.343,74 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, com queda de 0,7% do S&P/ASX 200, a 8.896,20 pontos, Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,46% a 81.644,39 pontos.

Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.

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