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quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Mercado financeiro Dólar, Ibovespa e Bolsas: 13/08

Bitcoin: R$ 663.615,66 Reais e US$ 122.914,60 Dólares.
Dólar comercial: R$ 5,4002
Dólar turismo: R$ 5,6131
Dólar ptax: R$ 5,3928
Euro comercial: R$ 6,318
Euro turismo: R$ 6.634

Dólar tem leve alta com plano de contingência contra tarifa dos EUA em foco

O dólar à vista fechou em leve alta ante o real nesta quarta-feira, recuperando parte da forte perda da véspera, mas oscilando em faixa estreita, depois que o governo anunciou um plano de contingência para empresas afetadas pela tarifa de 50% dos Estados Unidos sem grandes surpresas.

O dólar à vista fechou em alta de 0,28%, a R$5,4014.Às 17h12, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,07%, a R$5,425 na venda. As atenções dos investidores nesta sessão estiveram voltadas novamente para o impasse comercial entre Brasil e EUA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória para ajudar exportadores, com destaque para uma linha de crédito de R$30 bilhões.

Além disso, haverá aportes de R$4,5 bilhões em diferentes fundos garantidores e até R$5 bilhões em créditos tributários a exportadores, informou o Palácio do Planalto. Das despesas previstas, R$9,5 bilhões devem ficar fora da contabilidade da meta fiscal. O plano de ajuda era amplamente esperado pelo mercado, tanto por conta do potencial de proteger o setor produtivo como pelas preocupações com o impacto fiscal das medidas. Agentes financeiros temiam que o pacote pudesse comprometer as metas para as contas públicas.

No entanto, a MP não destoou do que já vinha sendo antecipado por autoridades envolvidas no assunto, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin. O próprio Lula já havia sinalizado o valor da linha de crédito em entrevista na terça-feira. Com isso, o anúncio do pacote não gerou muitas movimentações no mercado cambial ao longo do dia. Por outro lado, o mercado segue receoso com a perspectiva para negociações entre Brasil e EUA, uma vez que o governo brasileiro parece não conseguir abrir canais de diálogo com Washington.

Uma conversa entre Haddad e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, antes agendada para esta quarta-feira, foi cancelada pelo governo dos EUA. O governo busca ampliar a lista de isenções já concedidas pelo presidente Donald Trump a uma série de produtos. Na máxima do dia, o dólar atingiu R$5,4104 (+0,45%), às 12h55. Na mínima, a moeda alcançou R$5,3804 (-0,11%), às 9h36.Os ganhos da divisa norte-americana neste pregão se seguiram a uma perda de 1,06% na véspera, quando atingiu seu menor valor desde junho do ano passado, a R$5,3864.

A valorização recente do real está atrelada a uma onda de fraqueza global do dólar, na esteira do aumento das apostas de que o Federal Reserve vai cortar a taxa de juros já em seu próximo encontro, em setembro, após dados fracos de emprego e números moderados de inflação. Pela manhã, as apostas dos operadores passaram a ver 100% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual em setembro, logo depois que Bessent afirmou em entrevista achar possível uma redução maior de 0,5 ponto percentual devido aos números fracos de emprego.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,21%, a 97,828.
Mais cedo, o Banco Central vendeu 35.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de setembro de 2025. A autarquia também relatou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$118 milhões em agosto até o dia 8.

Ibovespa recua com varejo na ponta negativa

O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira em dia de ajuste após registrar uma máxima em cerca de um mês na véspera, com ações de varejo entre os destaques negativos na sessão após dados fracos no setor, enquanto MRV&Co avançou bem após uma sinalização positiva sobre margens e guidance para 2025.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,89%, a 136.687,32 pontos, tendo marcado 136.534,63 pontos na mínima e 137.912,9 pontos na máxima. Na véspera, chegou a superar os 138 mil pontos no melhor momento. O volume financeiro no pregão somou R$38,1 bilhões, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e de contrato futuro do índice.

De acordo com o IBGE, as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,1% em junho na comparação com o mês anterior, contra expectativa em pesquisa da Reuters de incremento de 0,7% e após quedas de 0,4% em maio e 0,3% em abril. Ante o mesmo mês de 2024, houve alta de 0,3%, contra expectativa de avanço de 2,4%.

De acordo com o economista Bruno Martins, do BTG Pactual, os números mostram uma forte contração nos segmentos cíclicos de comércio, refletindo condições de crédito mais apertadas."Os dados confirmam nossa visão de uma desaceleração acentuada da atividade econômica já no segundo trimestre de 2025, adicionando um risco de baixa à nossa projeção de crescimento do PIB, de apenas 0,2% na comparação trimestral, com ajuste sazonal", acrescentou. 

S&P 500 e Nasdaq atingem novos picos de fechamento com esperança de corte de juros

Os índices S&P 500 e Nasdaq atingiram novos picos de fechamento pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira, na esperança de que o Federal Reserve esteja se aproximando de um ciclo de afrouxamento monetário.

O Dow Jones subiu 1,04%, para 44.922,27 pontos. O S&P 500 ganhou 0,32%, para 6.466,58 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,14%, para 21.713,14 pontos.

Mas o mercado refletiu a fraqueza de algumas ações de tecnologia após os fortes ganhos do dia anterior. Sinais de que as tarifas dos EUA sobre importações não foram totalmente integradas aos preços ao consumidor foram um alívio para investidores esta semana, conforme buscam uma visão do impacto da incerteza comercial sobre a economia.

Algumas ações de tecnologia de grande porte, incluindo Nvidia, Alphabet e Microsoft fecharam em baixa, conforme investidores buscaram novos fatores de crescimento. "As ’valuations’ estão elevadas. No entanto, acho que, no final das contas, a chave será a entrega de resultados, e é isso que estamos vendo", disse Katherine Bordlemay, codiretora de gestão de portfólio de clientes, ações fundamentais do Goldman Sachs Asset Management.

Operadores estão agora precificando totalmente um corte de 25 pontos-base na taxa de juros, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. O banco central norte-americano reduziu os custos dos empréstimos pela última vez em dezembro.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse nesta quarta-feira que acha possível um corte agressivo de 0,50 ponto percentual, dados os recentes números fracos de emprego. As ações do setor de saúde, que foram combalidas durante a maior parte do ano, subiram 1,6%, ficando entre os melhores desempenhos dentre os demais 11 setores do S&P 500.

As bolsas da Europa fecharam em alta 

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,54%, a 550,85 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,19%, a 9.165,23 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,69%, a 24.189,91 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 0,66%, a 7.804,97 pontos. Em Madri, o Ibex 35 ultrapassou os 15 mil pontos pela primeira vez desde 2008 na crise, subindo 1,08%, a 15.019,90 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,60%, a 42.186,37 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,06%, a 7.759,56 pontos. Na Rússia, o Índice MOEX Russia Index, de Moscou, teve queda de 0,12% a 2.973,56 pontos.

As bolsas asiáticas fecharam em alta significativa 

Liderando os ganhos na Ásia, o índice Hang Seng saltou 2,58% em Hong Kong, a 25.613,67 pontos, enquanto o japonês Nikkei subiu 1,30% em Tóquio, a 43.274,67 pontos, atingindo patamar inédito pelo segundo dia consecutivo, o sul-coreano Kospi avançou 1,08% em Seul, a 3.224,37 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,88% em Taiwan, a 24.370,02 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,48%, a 3.683,46 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve avanço de 1,33%, a 2.289,10 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom positivo de Wall Street e da Ásia e ficou no vermelho, pressionada por ações de grandes bancos domésticos. O S&P/ASX 200 caiu 0,60% em Sydney, a 8.827,10 pontos. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,38% a 80.539,91 pontos.

Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.

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