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Dólar sobe mais de 1% no Brasil após ameaça tarifária de Trump
O dólar fechou a segunda-feira com alta superior a 1% no Brasil, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante as divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor tarifas a países do Brics com políticas “antiamericanas”.
O dólar à vista fechou em alta de 1,04%, aos R$5,4809. No ano, porém, a moeda acumula baixa de 11,30%. Às 17h13 na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido -- subia 1,05%, aos R$5,5115.
No domingo, em uma declaração conjunta na abertura da cúpula do Brics no Rio de Janeiro, o grupo alertou que o "aumento indiscriminado de tarifas" ameaça o comércio global. O Brasil é um dos membros fundadores do Brics.
Horas depois, Trump postou a ameaça na rede social Truth Social: "Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics terá de pagar uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado por sua atenção a esse assunto!".
Em reação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira as declarações de Trump e classificou como "irresponsável" sua postura de ameaçar países por redes sociais.
"Eu acho que nem deveria comentar, porque não é responsável e sério um presidente da República, de um país do tamanho dos Estados Unidos, ficar ameaçando o mundo através da internet", disse Lula ao ser questionado sobre a declaração de Trump. “O mundo mudou, não queremos imperador. Somos países soberanos. Se ele acha que pode taxar, os países têm o direito de taxar também. Existe a lei da reciprocidade.”
As ameaças de Trump aos membros do Brics surgem pouco antes de 9 de julho -- prazo estabelecido pelo governo dos EUA para negociações sobre o tema com outros países. As tensões em torno da questão tarifária deram força ao dólar ante boa parte das divisas de países integrantes do Brics, como o real, o rand sul-africano, a rupia indiana, o peso mexicano e a rupia indonésia. No Brasil, após marcar a cotação mínima de R$5,4214 (-0,06%) às 9h00, na abertura, o dólar à vista saltou para a máxima de R$5,4849 (+1,11%) às 14h00, para depois fechar perto deste nível.
“Com um ambiente externo adverso vindo das incertezas das políticas tarifárias, em conjunto com fatores técnicos locais que indicam posições sobrevendidas no dólar, a divisa volta a negociar próximo do patamar de R$5,50”, pontuou no fim da tarde Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
No exterior, a divisa dos EUA também se mantinha no território positivo. Às 17h11, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,58%, a 97,531. Na manhã desta segunda-feira, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 35.000 contratos de swap cambial tradicional.
Ibovespa fecha em queda após máximas
O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, após registrar máximas na semana passada, com o viés negativo em Wall Street em meio a noticiário sobre tarifas comerciais norte-americanas endossando movimentos de realização de lucros na bolsa paulista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,26%, a 139.489,7 pontos, tendo marcado 139.294,84 pontos na mínima e 141.341,74 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$17,1 bilhões.
A queda ocorreu após o Ibovespa fechar acima dos 141 mil pontos pela primeira vez na sua história na última sexta-feira, acumulando no ano uma valorização de 17,4%.
Bolsas de NY caem sob o peso de tarifas de Trump
As bolsas de Nova York fecharam em queda após o fim de semana prolongado, com o anúncio de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, acionando o gatilho para vendas de ações. Ainda que os índices tenham saído das mínimas da sessão no fechamento, o S&P 500 e o Nasdaq cederam pontos após patamares recordes firmados na quinta-feira, 3, antes do feriado norte-americano.
O Dow Jones fechou em baixa de 0,94%, aos 44.406,36 pontos. Na mínima, o índice tocou 44.160,32 pontos. O S&P 500 cedeu 0,79%, aos 6.229,98 pontos, após máxima histórica de fechamento na quinta-feira da semana passada, aos 6.279,35 pontos. O Nasdaq também tirou pontos de seu recorde e caiu 0,92%, aos 20.412,52 pontos.
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,44%, a 543,50 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,19%, a 8.806,53 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 1,20%, a 24.073,67 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,35%, a 7.723,47 pontos.
Em Londres, a Shell caiu 2,34%, após reduzir seu guidance de produção por causa da divisão de gás. Em Lisboa, a EDP renováveis recuou 2,67%, pressionando o PSI 20, que caiu 0,57%, a 7.732,97 pontos. Em Madri, o Ibex35 subiu 0,73%, a 14.074,80 pontos. Em Milão o FTSE MIB teve alta de 0,35%, a 39.914,25 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única e perto da estabilidade
O índice japonês Nikkei caiu 0,56% em Tóquio, a 39.587,68 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,12% em Hong Kong, a 23.887,83 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 0,17% em Seul, a 3.059,47 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,53% em Taiwan, a 22.428,72 pontos.
Na China continental, as variações foram marginais, de alta de 0,02% no caso do Xangai Composto, a 3.473,13 pontos, e baixa de 0,06% no do menos abrangente Shenzhen Composto, a 2.074,47 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no vermelho hoje: o S&P/ASX 200 caiu 0,16% em Sydney, a 8.589,30 pontos.
Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 0,012% a 83.442,50 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
segunda-feira, 7 de julho de 2025
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