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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Mercado financeiro Dólar, Ibovespa e Bolsas: 26/06


 Bitcoin: R$ 589892,33 Reais e US$ 107.253,20 Dólares.

 Dólar comercial: R$ 5,4985
Dólar turismo: R$ 5,7086
Dólar ptax: R$ 5,5145
Euro comercial: R$ 6,4360
Euro turismo: R$ 6.7575

Dólar cai abaixo de R$5,50 após derrubada da alta do IOF

A derrubada no Congresso do decreto do governo Lula de elevação do IOF sobre uma série de operações cambiais abriu espaço para o recuo firme do dólar ante o real nesta quinta-feira, para abaixo dos R$5,50, com o movimento sendo favorecido ainda pelo exterior, onde a queda da moeda norte-americana era generalizada.

O dólar à vista fechou em baixa de 1,06% ante o real, aos R$5,4984. No mês, a divisa acumula queda de 3,88% e, no ano, recuo de 11,01%. Às 17h34, na B3 (BVMF:B3SA3), o dólar para julho -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 1,13%, aos R$5,4995. A quinta-feira foi de agenda cheia de notícias e indicadores tanto no Brasil quanto no exterior, que no geral favoreceram os ativos locais.

No mercado de câmbio investidores reagiam desde cedo à derrubada no Congresso, na noite de quarta-feira, do decreto do governo de elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre várias operações cambiais. Ainda que isso signifique mais dificuldades para o governo equilibrar as contas públicas, a derrubada do IOF fez o dólar emplacar baixas firmes ante o real já durante a manhã. Apesar das notícias de que o governo considera a possibilidade de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a derrubada do decreto do IOF, os investidores se apegaram à decisão do Congresso.

"Além disso, o DXY (índice do dólar) está em queda hoje, em função da incerteza em relação ao Federal Reserve", comentou durante a tarde Nicolas Gomes, especialista de câmbio da Manchester Investimentos, em referência ao futuro da política de juros nos EUA. No exterior o dólar cedia ante quase todas as demais divisas após a divulgação de uma série de dados sobre a economia norte-americana. Entre eles, chamou a atenção a retração de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre, conforme a terceira estimativa divulgada pelo Departamento de Comércio. A queda foi maior que a anunciada na segunda estimativa, de 0,2%.

Alguns números demonstrando que os norte-americanos ficam atualmente mais tempo sem trabalho, além de uma notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, considera anunciar antecipadamente o substituto de Jerome Powell no comando do Federal Reserve, também pesavam sobre os rendimentos dos Treasuries no exterior e sobre as cotações do dólar ante as demais divisas.

Neste cenário, após registrar a máxima de R$5,5638 (+0,11%) às 9h07, o dólar à vista despencou até a mínima de R$5,4915 (-1,19%) às 14h48, para depois encerrar próximo deste patamar. Esta quinta-feira também foi o último dia de negociação do FRA de cupom -- derivativo ligado ao cupom cambial negociado na B3 -- de agosto.

Na véspera, o Banco Central havia realizado dois leilões simultâneos justamente para aliviar as taxas do FRA de cupom perto do vencimento, conforme profissionais ouvidos pela Reuters. O cupom cambial, que representa a diferença entre a taxa de juros em reais e a taxa em dólares, é muito usado para precificar operações de hedge (proteção) no mercado de câmbio.

Nas operações de quarta-feira foram vendidos US$1 bilhão à vista e 20.000 contratos de swap cambial reverso (equivalente à venda de US$1 bilhão no mercado futuro). Nesta quinta, durante coletiva de imprensa, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a realização dos dois leilões simultâneos foi uma "questão pontual" e que não há nada de novo na política cambial da autoridade monetária. Ele confirmou que o BC olhava para o cupom cambial ao realizar as operações.

No exterior, às 17h32 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,17%, a 97,337.

Ibovespa fecha em alta 

O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, puxada pelo avanço de 3% das ações da Vale e referendada pelo viés positivo nos mercados no exterior, com agentes financeiros também repercutindo o IPCA-15 abaixo das expectativas e a derrubada de decreto sobre o IOF.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 0,99%, a 137.113,89 pontos, tendo marcado 135.755,55 pontos na mínima e 137.352,98 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$21,9 bilhões.

Wall Street sobe com mais esperanças de corte de juros

Wall Street fechou em alta nesta quinta-feira, aproximando os índices S&P 500 e o Nasdaq de recordes de fechamento, conforme o cessar-fogo entre Israel e Irã continuou a se manter e uma série de indicadores econômicos pareceu apoiar o argumento para o Federal Reserve reduzir os custos de empréstimos este ano.

O Dow Jones subiu 0,94%, para 43.386,84 pontos. O S&P 500 ganhou 0,80%, para 6.141,02 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,97%, para 20.167,91 pontos. Os três principais índices de ações dos Estados Unidos avançaram em uma alta ampla que os encaminhou para ganhos semanais.

"Claramente, a antecipação dos cortes nos juros para 2025 é um dos fatores mais significativos" da ação de preço do mercado, diz Bill Northey, diretor sênior de investimentos do U.S. Bank Wealth Management. "As expectativas agora apontam para três cortes este ano."

Um efeito tarifário moderado pode ajudar a justificar um corte nos juros no outono norte-americano, de acordo com Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco. A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse na quarta-feira que está inclinada a um corte ainda este ano, em meio a uma perspectiva econômica incerta. Esses comentários vêm após o depoimento de dois dias do chair do Fed, Jerome Powell, no Congresso dos EUA, no qual ele reiterou a postura de esperar para ver do banco central em relação aos cortes e aos efeitos das tarifas econômicas.

Atualmente, os mercados financeiros estão precificando uma probabilidade de quase 21% de uma redução de 25 pontos-base na taxa básica na reunião de julho do Fed e uma probabilidade de mais de 75% de que o primeiro corte deste ano ocorra em setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Entre os 11 principais setores do S&P 500, os de serviços de comunicação tiveram os maiores ganhos percentuais, enquanto o imobiliário foi o que mais pesou no índice. Já o setor de bancos avançou 1,6%.

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,09%, a 537,48 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,19%, a 8.735,60 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,56%, a 23.630,28 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 0,01%, a 7.557,31 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,08%, a 39.351,32 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 0,03%, a 13.815,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,49%, a 7.431,19 pontos. 

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única 

O índice japonês Nikkei subiu 1,65% em Tóquio, a 39.584,58 pontos, enquanto o Hang Seng caiu 0,61% em Hong Kong, a 24.325,40 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,92% em Seul, a 3.079,56 pontos, e o Taiex registrou modesto avanço de 0,28% em Taiwan, 22.492,34 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,22%, a 3.448,45 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,34%, a 2.044,82 pontos.

Já na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, com leve baixa de 0,10% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.550,80 pontos.

Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 1,21% a 83.755,87 pontos.

Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.

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