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Dólar cai ante real
A entrada dos Estados Unidos no conflito entre Irã e Israel no Oriente Médio foi absorvida pelos mercados globais nesta segunda-feira sem grandes turbulências, pelo menos por enquanto, o que abriu espaço para a baixa do dólar ante o real nesta segunda-feira.
Declarações de autoridade do Federal Reserve favorecendo um possível corte de juros nos EUA em julho também pesaram sobre as cotações da moeda norte-americana ante outras divisas, com efeitos no Brasil.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, aos R$5,5041. No ano, a divisa acumula queda de 10,92%. Às 17h03 na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para julho -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 0,28%, aos R$5,5090.
No fim de semana os EUA atingiram instalações nucleares do Irã, envolvendo as forças norte-americanas diretamente nos ataques iniciados por Israel e elevando o temor de uma escalada do conflito no Oriente Médio. As retaliações do Irã envolveram em um primeiro momento mais ataques de mísseis contra Israel, em meio a especulações de que o Estreito de Ormuz, por onde circulam cerca de 20% do petróleo comercializado no mundo, poderia ser fechado.
Este cenário geopolítico conturbado chegou a dar certo suporte ao dólar no início da sessão no Brasil, com a moeda à vista marcando a cotação máxima de R$5,5446 (+0,32%) às 9h08, mas ainda pela manhã a divisa migrou para o território negativo, acompanhando o alívio dos ativos de risco também no exterior. “O dólar começou o dia em alta lá fora, fortalecido em função do ataque dos EUA ao Irã, mas passou a perder valor logo depois. Isso porque a resposta do Irã não foi tão contundente, e tivemos comentários positivos vindos do Fed”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.
De fato, o Irã não fechou o Estreito de Ormuz, limitando-se a atacar bases militares dos EUA na região. Somado a isso, a vice-presidente de supervisão do Federal Reserve, Michelle Bowman, disse pela manhã que o momento de cortar as taxas de juros nos EUA pode estar se aproximando rapidamente.
"É hora de considerar o ajuste da taxa de juros", disse Bowman em texto preparado para uma reunião realizada em Praga, na República Tcheca, acrescentando que a inflação parece estar em uma trajetória sustentada de volta à meta de 2%. Ela afirmou ainda que espera "apenas um impacto mínimo" da política comercial dos EUA sobre a inflação, acrescentando que, caso as pressões sobre os preços permaneçam contidas, apoiaria um corte dos juros em julho.
Em reação, os rendimentos dos Treasuries tiveram baixas firmes e o dólar passou a ceder ante boa parte das demais divisas. No Brasil, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,4968 (-0,55%) às 12h15, já após os comentários de Bowman, para depois voltar a superar os R$5,50. No exterior a moeda norte-americana se mantinha em baixa no fim da tarde. Às 17h13, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,55%, a 98,372. Pela manhã, em sua operação diária de rolagem, o Banco Central vendeu toda a oferta de 9.500 contratos de swap cambial tradicional.
Ibovespa fecha em queda
O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, com Petrobras entre as maiores pressões negativas, em meio ao tombo do petróleo no exterior, uma vez que o aumento na tensão no Oriente Médio após ataques dos Estados Unidos ao Irã não afetou os fluxos da commodity na região.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,41%, a 136.550,5 pontos, após marcar 135.835,25 pontos na mínima e 137.130,13 pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$20,48 bilhões.
Bolsas de NY fecham em alta
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 23, em uma sessão volátil, na qual acompanharam intensamente o noticiário relativo aos confrontos no Oriente Médio. Os ataques norte-americanos às instalação nucleares do país chegaram a colocar amplos receios no mercado, especialmente por um potencial reflexo no petróleo. Por sua vez, após Teerã realizar ataques a alvos dos Estados Unidos em retaliação que não tiveram maiores impactos em infraestrutura, o mercado operou com alívio. O forte impacto nos preços do petróleo, que tombou quase 7%, acabou pressionando companhias do setor, que recuaram.
O Dow Jones subiu 0,89%, aos 42.581,78 pontos; o S&P 500 avançou 0,96%, aos 6.025,17 pontos; e o Nasdaq fechou em alta de 0,94%, aos 19.630,97 pontos.
O bombardeio norte-americano de instalações nucleares no Irã marca uma grande escalada de tensões no Oriente Médio, aponta o UBS. Um possível fechamento do Estreito de Ormuz (um quarto da produção global de petróleo sai do Golfo pelo estreito) teria implicações muito maiores, lembra. O parlamento iraniano solicitou o fechamento do Estreito após os ataques e já minou o Estreito anteriormente, por exemplo, em 1988, durante a guerra com o Iraque. No entanto, a decisão final cabe ao Conselho Supremo de Segurança Nacional, ressalta.
As bolsas da Europa fecharam em baixa
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,28%, a 535,03 pontos.
Em Frankfurt, o DAX caiu 0,33%, a 23.273,78 pontos. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,19%, a 8.758,04 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve queda de 0,69%, a 7.537,57 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 1,00%, a 38.840,51 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 baixou 0,47%, a 7.409,73 pontos. Em Madri, onde o Ibex35 caiu 0,08%, a 13.839,40 pontos.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única
O índice japonês Nikkei caiu 0,13% em Tóquio, a 38.354,09 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,24% em Seul, a 3.014,47 pontos, e o Taiex registrou queda de 1,42% em Taiwan, a 21.732,02 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,65%, a 3.381,58 pontos, depois de acumular perdas por duas sessões consecutivas, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,95%, a 1.987,69 pontos, em Hong Kong, onde o Hang Seng garantiu alta de 0,67%, a 23.689,13 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo quinto pregão seguido, com baixa de 0,36% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.474,90 pontos.Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 0,62% a 81.896,79 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
