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segunda-feira, 23 de junho de 2025

Elon Musk quer criar um cartão de crédito do X


 A plataforma X, sob o comando de Elon Musk, planeja transformar-se em um super app e lançar ainda em 2025 cartões financeiros próprios, segundo reportagens recentes.

A rede social X, comandada por Elon Musk, acelera planos para se consolidar como um verdadeiro “super app” até o fim de 2025. A proposta envolve introdução de uma carteira digital e cartões de débito ou crédito exclusivos da plataforma. A CEO da X, Linda Yaccarino, afirmou ao Financial Times que os usuários poderão realizar atividades financeiras completas dentro do app: enviar dinheiro, investir, pagar compras ou dividir contas, tudo sem sair da plataforma.

A novidade começa com o lançamento do X Money, serviço de carteira digital e sistema de pagamentos peer‑to‑peer em parceria com a Visa, previsto inicialmente nos EUA ainda este ano. Usuários poderão enviar gorjetas, pagar compras ou transferir valores com rapidez.

Além disso, Yaccarino confirmou que um cartão bancário X-branded — débito ou crédito — está em desenvolvimento e pode ser lançado ainda em 2025, ampliando a proposta financeira do app. Essa virada estratégica reflete a ambição de Musk de replicar o modelo do WeChat, que integra comunicação, compras e finanças em um único ecossistema. A X já prossegue com a solicitação de licenças financeiras em diversos estados americanos.

O movimento surge em um momento de reestruturação da empresa: após queda no faturamento publicitário, 96% dos anunciantes voltaram, segundo a CEO, e há expectativa de que a receita retorne aos níveis de 2022. A plataforma tem buscado se reinventar, como mostra sua reavaliação de US$ 44 bilhões. Além dos planos financeiros, Musk também investe em outras frentes, como inteligência artificial. Segundo o Mundo Conectado, o bilionário está disposto a injetar US$ 300 milhões no Telegram para integrar a IA desenvolvida pela X à plataforma rival.

Outro projeto promissor é o XMail, novo serviço de e-mail que Musk confirmou estar em desenvolvimento e que pode complementar o ecossistema digital da plataforma.

Apesar do otimismo, o plano enfrenta desafios regulatórios. Oferecer serviços financeiros envolve licenciamento, compliance e risco de lavagem de dinheiro, exigindo atenção às regras locais. Recentemente, decisões como a do STF que responsabiliza big techs mostram que a regulação digital está se tornando mais rígida no Brasil e em outros países.

Além disso, incidentes envolvendo outras plataformas alertam sobre os cuidados necessários. A Meta foi condenada na Justiça por falhas de segurança e vazamento de dados, o que pode servir como precedente para o X e sua nova ambição de atuar como fintech.

Musk já confirmou em maio o início de testes beta limitados do X Money, ressaltando a necessidade de “extrema cautela” com as economias dos usuários. Com essa estratégia, X pode romper barreiras entre rede social e serviços financeiros, entrando em disputa com gigantes como PayPal, Venmo, Apple Pay e concorrentes de super apps ocidentais.

A introdução de investimento e trading dentro da plataforma também está programada, o que aumentará o apelo do app como central financeira completa. Em resumo, Musk mira uma X multifuncional: mensagens, compras, pagamentos, investimentos e até cartão próprio, formando uma central que pretenda ser indispensável no dia a dia dos usuários.

Fonte: Financial Times.

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