quarta-feira, 9 de abril de 2025
Mercado financeiro Dólar, Ibovespa e Bolsas: 09/04
Bitcoin: R$ 482.088,66 Reais e US$ 82.775,17 Dólares.
Dólar comercial: R$ 5,8452
Dólar turismo: R$ 6,0842
Dólar ptax: R$ 6,0605
Euro comercial: R$ 6,392
Euro turismo: R$ 6.712
Dólar despenca para R$5,8467 após passo atrás de Trump nas tarifas
Após se aproximar dos R$6,10 na manhã desta quarta-feira, o dólar despencou no Brasil à tarde e encerrou a sessão perto dos R$5,85, refletindo o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma pausa de 90 dias na cobrança de tarifas adicionais sobre produtos de uma série de países. A pausa dada por Trump, que não se estende à China, foi o gatilho para o dólar à vista fechar em baixa de 2,53%, aos R$5,8467, interrompendo uma sequência de três sessões de fortes ganhos. O recuo apenas nesta quarta-feira foi de 15 centavos de real.
Em abril a divisa ainda acumula elevação de 2,45%. Às 17h15 na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil -- cedia 2,99%, aos R$5,8565.
Pela manhã o dólar disparou ante o real, com o mercado repercutindo o anúncio de que a China elevaria para 84% a tarifa sobre os produtos dos EUA, após Washington começar a cobrar 104% dos itens chineses. Importante exportador de produtos para a China, o Brasil viu o real ser uma das moedas mais afetadas pela escalada da disputa entre Pequim e Washington. Às 9h46 o dólar à vista atingiu a máxima de R$6,0973 (+1,65%).
O cenário mudou à tarde, quando Trump anunciou pausa de 90 dias nas tarifas direcionadas a uma série de países, para que eles possam negociá-las durante este período. Ao mesmo tempo, Trump elevou mais uma vez, para 125%, as tarifas contra a China e manteve a cobrança de uma taxa geral de 10% sobre quase todas as importações dos EUA. O prazo de 90 dias foi bem recebido pelos mercados: os índices de ações dispararam ao redor do mundo, o dólar despencou ante divisas de exportadores de commodities -- incluindo o real -- e os rendimentos dos Treasuries desaceleraram os ganhos.
“Os investidores se alegraram, com razão, na esperança de que o adiamento permita espaço para negociações, concessões e um abrandamento definitivo das tarifas que limitaria as consequências econômicas globais. Isso agora parece cada vez mais provável”, comentou à tarde Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank.
Após o anúncio de Trump, o dólar à vista despencou para a cotação mínima de 5,8322 (-2,77%). Da cotação máxima vista mais cedo para esta mínima a moeda norte-americana variou -4,35%, refletindo a forte volatilidade trazida pela guerra comercial.
Na reta final da sessão, Trump disse que decidiu suspender as tarifas recíprocas por 90 dias para países que não retaliaram os EUA e reconheceu que as pessoas estavam ficando "um pouco assustadas" com as tarifas e "se excedendo um pouco". Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tarifas “arbitrárias” desestabilizaram a economia internacional e defendeu que não há vencedores em guerras comerciais.
No fim da tarde o dólar cedia ante moedas de países emergentes e exportadores de commodities, mas subia ante divisas de proteção como o iene e a libra. Com isso, às 17h13 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes -- subia 0,27%, a 103,050. Pela manhã, o Banco Central vendeu toda a oferta de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.
Ibovespa dispara mais de 3% após Trump aliviar tarifas, com exceção de China
O Ibovespa disparou nesta quarta-feira após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que reduzirá temporariamente as tarifas comerciais para vários países, com exceção da China, que teve a alíquota elevada ainda mais após uma troca de retaliações entre as duas economias.
Às 15h15, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 3,15%, a 127.840,11 pontos, após, mais cedo, recuar a 122.887,13 pontos. Na máxima, chegou a 128.648,95 pontos. O volume financeiro no pregão somava R$24,8 bilhões.
Wall Street dispara após Trump anunciar pausa de 90 dias nas tarifas
O índice S&P 500 disparou nesta quarta-feira para fechar em alta de 9,5%, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas para muitos países, com efeito imediato, trazendo algum alívio para investidores preocupados com o impacto econômico global das políticas comerciais norte-americanas.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 9,49%, para 5.453,35 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 12,16%, para 17.124,97 pontos. O Dow Jones subiu 7,82%, para 40.588,50 pontos.
As bolsas da Europa fecharam em forte queda nesta quarta-feira
Em Londres, o FTSE 100 recuou 2,92%, aos 7.679,48 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 3,34%, para 6.863,02 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, despencou 2,43%, aos 11.773,55 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 perdeu 2,85%, a 6.253,96 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, teve baixa de 2,75%, aos 32.730,57 pontos. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, teve baixa de 3%, aos 19670,88 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 3,51%, a 469,84 pontos, 15% abaixo de sua máxima histórica.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira
Na China continental e em Hong Kong, por outro lado, as bolsas encerraram o dia em tom positivo, revertendo perdas de mais cedo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 1,31%, a 3.186,81 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,77%, a 1.823,61 pontos. Já o Hang Seng teve alta de 0,68% em Hong Kong, a 20.264,49 pontos.
No Japão, o índice Nikkei caiu 3,93% em Tóquio, a 31.714,03 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,74% em Seul, a 2.293,70 pontos, entrando em “bear market” ao acumular perdas de mais de 20% desde o pico que atingiu em julho do ano passado, segundo a CNBC, e o Taiex liderou as perdas na região, com tombo de 5,79% em Taiwan, a 17.391,76 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho hoje, com queda de 1,80% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.375,00 pontos.
Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 0,51% a 73.847,15 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
