Bitcoin: R$ 464.958,66 Reais e US$ 76.769,21 Dólares.
Dólar comercial: R$ 5,9973
Dólar turismo: R$ 6,2260
Dólar ptax: R$ 5,9368
Euro comercial: R$ 6,571
Euro turismo: R$ 6.8997
Dólar se reaproxima dos R$6,00 após EUA anunciarem tarifa de 104% para China
O dólar voltou a superar os R$6,00 durante a sessão desta terça-feira, e depois encerrou pouco abaixo disso, em mais um dia de pressão vinda do exterior após os Estados Unidos anunciarem a cobrança de tarifa de 104% sobre os produtos chineses a partir de quarta-feira.
A moeda norte-americana à vista fechou em alta de 1,49%, aos R$5,9985, maior valor de fechamento desde 21 de janeiro deste ano, quando encerrou a R$6,0313. Apenas no acumulado das três últimas sessões, o dólar avançou 37 centavos de real, em meio à guerra comercial deflagrada pelos EUA. Em abril a divisa já acumula elevação de 5,11%.Às 17h27, na B3 (BVMF:B3SA3), o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 1,57%, aos R$6,0335.
O dólar chegou a oscilar em baixa no início do dia, ensaiando alguns ajustes após os avanços recentes, mas saltou para o território positivo ante o real ainda no fim da manhã, com o acirramento da guerra comercial. Como a China se recusou a ceder aos EUA, mantendo taxa de retaliação de 34% sobre os produtos norte-americanos, a Casa Branca anunciou uma taxa de 104% aos produtos chineses a partir de quarta-feira.
“O Brasil tem muitos negócios com China. Quando acontece algum problema por lá, isso se reflete aqui”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik.Após ter marcado a cotação mínima de R$5,8607 (-0,85%) às 9h09, pouco depois da abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$6,0060 (+1,61%) às 16h47, pouco antes do fechamento. Da mínima para a máxima o dólar à vista oscilou 15 centavos de real, ou 2,48%.
“O (índice) VIX tem evidenciado esta volatilidade dos ativos e principalmente a insegurança. Ele chegou a passar de 60 pontos (na segunda-feira), o que mostra o quanto o mercado está temeroso”, citou Gabriel Redivo, sócio e diretor de gestão da Aware Investments. O VIX é considerado uma espécie de “indicador de medo” para Wall Street.“Quando há movimentos de volatilidade mais elevados, isso significa que o mercado está mais às escuras”, acrescentou.
Com o dólar próximo dos R$6,00, houve certa resistência técnica para a cotação, que encerrou o dia pouco abaixo deste nível.
No exterior, o dólar seguia em alta ante boa parte das demais divisas de exportadores de commodities, mas caía ante as moedas fortes. Às 17h24 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- cedia 0,36%, a 103,060. Pela manhã, o Banco Central vendeu toda a oferta de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.
Ibovespa perde fôlego enquanto tarifas seguem no radar
O Ibovespa reduzia o fôlego nesta terça-feira, flertando com o território negativo em meio ao forte declínio das ações da Vale e piora da Petrobras, enquanto investidores continuam ajustando suas posições ao novo ambiente comercial no mundo desencadeado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Por volta de 13h, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação negativa de 0,04%, a 125.539,96 pontos, tendo registrado 127.651,6 pontos na máxima e 125.033,25 pontos na mínima até o momento, vindo de três quedas seguidas, período em que acumulou um declínio de mais de 4%. O volume financeiro no pregão somava R$10,5 bilhões.
S&P 500 atinge menor nível em quase um ano com menores esperanças de concessões tarifárias
O índice S&P 500 teve forte queda nesta terça-feira, fechando abaixo de 5.000 pontos pela primeira vez em quase um ano, após reverter uma forte valorização pela manhã, com investidores menos esperançosos em relação a quaisquer adiamentos ou concessões iminentes dos Estados Unidos em relação às tarifas.
O S&P 500, que caiu 1,6% nesta terça-feira, já perdeu US$5,8 trilhões em valor de mercado desde que o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou pesadas tarifas globais contra parceiros comerciais dos EUA na quarta-feira. Isso representou um declínio de mais de 12%, sua maior queda percentual em quatro dias desde a pandemia, de acordo com dados da LSEG.
O S&P havia subido mais de 4% no início desta terça-feira, com investidores esperando que Trump suavizasse sua posição ou adiasse o prazo de 9 de abril para as tarifas.
Mas a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse nesta terça-feira que Trump espera que as tarifas entrem em vigor, apesar de ela ter dito que quase 70 países entraram em contato a fim de iniciar negociações para reduzir o impacto das políticas comerciais dos EUA. A Casa Branca disse na tarde desta terça-feira esperar que as tarifas de 104% sobre a China entrem em vigor em 9 de abril.
Isso ocorreu após a China ter dito anteriormente que nunca aceitaria a "natureza de chantagem" da ameaça de Trump de aumentar as tarifas sobre as importações chinesas para mais de 100%. O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, acrescentou nesta terça-feira que não são esperadas isenções às tarifas globais no curto prazo.
O S&P 500 ficou mais próximo da confirmação de um mercado em baixa, terminando quase 19% abaixo de seu fechamento recorde alcançado em 19 de fevereiro. Uma queda de 20% representaria um mercado em baixa. A última vez que o índice fechou abaixo de 5.000 pontos foi em 19 de abril do ano passado.
O S&P 500 perdeu 1,57%, para 4.982,77 pontos. O Dow Jones caiu 0,84%, para 37.645,59 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 2,15%, para 15.267,91 pontos.
As bolsas da Europa encerraram o pregão desta terça-feira
Em Londres, o FTSE 100 avançou 2,71%, para 7.910,53 pontos. O DAX, de Frankfurt, subiu 2,36%, encerrando a sessão em 20.255,88 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 2,50%, aos 7.100,42 pontos. Em Madri, o Ibex 35 ganhou 2,53%, enquanto o PSI 20, de Lisboa, avançou 2,80%. Já o FTSE MIB, de Milão, teve alta de 2,44%. As cotações são preliminares.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira
Liderando ganhos na Ásia, o índice japonês Nikkei subiu 6,03% em Tóquio, a 33.012,58 pontos, Já o Hang Seng avançou 1,51% em Hong Kong, a 20.127,69 pontos, O sul-coreano Kospi teve modesta alta de 0,26% em Seul, a 2.334,23 pontos, mas interrompeu uma sequência de quatro sessões negativas.
Na China continental, O Xangai Composto teve alta de 1,58%, a 3.145,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto mostrou avanço de 0,81%, a 1.791,83 pontos. Ambos os índices chineses, porém, apagaram somente uma pequena parte das perdas de ontem.Na contramão, o Taiex sofreu uma nova queda significativa em Taiwan hoje, de 4,02%, a 18.459,95 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul hoje, após três pregões seguidos de perdas. O S&P/ASX 200 avançou 2,27% em Sydney, a 7.510,00 pontos, Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve alta de 1,49% a 74.227,08 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
