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Dólar supera R$5,90 após Trump ameaçar China com mais tarifas
Em um dia de estresse generalizado nos mercados globais, o dólar disparou novamente no Brasil e superou os R$5,90, após os Estados Unidos iniciarem a cobrança de tarifas de importação e o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçar a China com mais taxas.
O dólar à vista fechou em alta de 1,24%, aos R$5,9107, maior valor de fechamento desde 28 de fevereiro, quando encerrou a R$ 5,9165. Apenas no acumulado das duas últimas sessões, a moeda norte-americana avançou 28 centavos de real -- um salto que dá a medida do estresse do mercado local com a guerra tarifária deflagrada pelos EUA.Em abril a divisa já acumula elevação de 3,57%.Às 17h06, na B3 (BVMF:B3SA3), o dólar para maio -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,82%, aos R$5,9315.
O dólar se manteve em alta durante praticamente toda a sessão em sintonia com a queda firme das ações ao redor do mundo, após o início da cobrança, no sábado, de uma tarifa de 10% sobre todas as importações dos EUA. Assim como na sexta-feira, investidores buscavam a segurança da moeda norte-americana, tendo no horizonte ainda o início da cobrança, na próxima quarta-feira, de uma bateria adicional de tarifas recíprocas que atingirá vários países.
Para piorar, nesta segunda-feira Trump disse que pode impor uma taxa adicional de 50% sobre as importações vindas da China também na próxima quarta-feira, se a segunda maior economia do mundo não retirar as tarifas de 34% que impôs sobre produtos dos EUA na semana passada. As tarifas chinesas vieram em resposta às taxas de 34% anunciadas anteriormente por Trump sobre a China.
Os mercados globais chegaram a experimentar algum alívio nesta segunda-feira perto das 11h (horário de Brasília), após reportagem da CNBC dos EUA informar que Trump estaria considerando uma pausa de 90 dias nas tarifas cobradas de todos os países, com exceção da China. Em reação, às 11h15 o dólar à vista despencou para a mínima de R$5,8163 (-0,38%).
Mas o movimento foi um ruído momentâneo. Em resposta na sequência, a Casa Branca desmentiu a pausa e qualificou a notícia como “falsa”, o que fez o dólar subir com ainda mais força ante o real. Às 13h12, a moeda norte-americana à vista atingiu a máxima de R$5,9333 (+1,63%).
“Essa possível escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo provocou um aumento na aversão ao risco nos mercados, o que afetou particularmente as moedas de países emergentes -- especialmente o real”, disse Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em comentário distribuído no fim da tarde.
A alta do dólar ante o real ajudou a sustentar as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) no Brasil e esteve em sintonia com a queda firme do Ibovespa.No exterior, o dólar tinha ganhos ante quase todas as demais divisas no fim da tarde. Às 17h16, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,89%, a 103,510.
Ibovespa fecha em queda sem alívio em receios sobre tarifas
O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira, sem alívio nas preocupações sobre a nova política comercial norte-americana, com as ações da Petrobras respondendo pelo maior peso negativo, também afetadas por receios de corte de preços pela estatal com o tombo do petróleo no exterior.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,31%, a 125.588,09 pontos, no terceiro pregão seguido de queda, tendo marcado 123.876,24 pontos na mínima e 128.410,57 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$30,4 bilhões.
Dow Jones e S&P 500 fecham em baixa com Trump reafirmando posição sobre tarifas
Os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam em baixa nesta segunda-feira, após uma sessão volátil, com investidores preocupados com a desaceleração econômica e o aumento da inflação conforme o presidente dos EUA, Donald Trump, se manteve firme em relação às tarifas, alertando que pode aumentar ainda mais as taxas de importação sobre a China.
As ações de Wall Street têm sofrido desde o anúncio, na quarta-feira, das tarifas abrangentes de Trump sobre todas as importações para os EUA, com taxas muito mais altas para alguns dos principais parceiros comerciais.
O volume de negociação nesta segunda-feira bateu recordes nos EUA pela segunda sessão consecutiva. Mais cedo, os três principais índices de ações dos EUA atingiram seus níveis mais baixos em mais de um ano. Pela manhã, tiveram um breve rali acentuado com base em uma notícia sobre tarifas, caindo novamente depois que a notícia foi contestada.
O Dow Jones caiu 0,91%, para 37.965,60 pontos. O S&P 500 perdeu 0,23%, para 5.062,25 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq ganhou 0,10%, para 15.603,26 pontos.
O setor imobiliário perdeu 2,4%, a maior queda percentual entre os 11 demais nesta segunda-feira. O setor de serviços de comunicação teve o maior avanço, com alta de 1%. O setor de tecnologia, com alta de 0,3%, foi o único outro setor a avançar.
As bolsas da Europa encerraram em forte queda nesta segunda-feira
Em Londres, o FTSE 100 recuou 4,38%, aos 7.702,08 pontos. Em Paris, o CAC 40 caiu 4,78%, para 6.927,12 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, despencou 5,12%, aos 11.785,80 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 5,63%, a 6.262,28 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, teve perda de 5,18%, aos 32.853,98 pontos, O DAX, principal índice da bolsa de Frankfurt, cedeu 4,26%, para 19.761,89 pontos.
As bolsas da Ásia encerraram em forte queda nesta segunda-feira
O índice de referência Nikkei 225 do Japão fechou 7,9% mais baixo aos 31.136,58 pontos, enquanto o Topix fechou em queda de 7,7%. A gigante da tecnologia Sony despencou mais de 10%.
Em Hong Kong, onde os mercados financeiros reabriram após feriado, o índice de referência Hang Seng fechou mais de 13% mais baixo em seu pior dia de negociação desde 1997, aos 19.828,30 pontos. Na China continental, o Shanghai Composite Index fechou 7,3% mais baixo aos 3.096,58 pontos.
A Taiex, de Taiwan, fechou em queda de 9,7% aos 21.298,22 pontos. Na Austrália, o índice de referência ASX 200 fechou com queda de 4,2% aos 7,343.30 pontos, enquanto o NZX 50 da Nova Zelândia, primeiros índices a fechar na região na segunda-feira, terminou o dia com queda de 3,7% aos 11.775,88 pontos.
O Kospi, da Coreia do Sul, terminou 5,6% abaixo aos 2.328,20 pontos, Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 2,95% a 73.137,90 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.
