Bitcoin: R$ 485.311,66 Reais e US$ 83.825,10 Dólares.
Dólar comercial = R$ 5,7596
Dólar turismo = R$ 5,9917
Dólar ptax = R$ 5,7660
Euro comercial = R$ 6,235
Euro turismo = R$ 6.5471
Dólar fecha estável ante real, mas acumula alta na semana antes de tarifas de Trump
O dólar fechou a sexta-feira praticamente estável ante o real, numa sessão permeada pela expectativa em torno do anúncio das novas tarifas de importação dos Estados Unidos, previsto para a próxima semana.
A moeda norte-americana à vista fechou em leve alta de 0,08%, aos R$5,7627. Na semana, a divisa dos EUA acumulou elevação de 0,82% ante o real. Às 17h13 na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para abril -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,33%, aos R$5,7635. Assim como em sessões anteriores, a ansiedade com o início da cobrança pelos Estados Unidos de tarifas de importação no dia 2 de abril influenciou os negócios com o dólar, tanto no exterior quanto no Brasil.
Na segunda-feira o presidente dos EUA, Donald Trump, havia acenado com descontos de tarifas a alguns países, mas na quarta-feira ele apresentou um plano para cobrar 25% sobre importações de automóveis, elevando os temores de uma guerra comercial global.
Em meio a este vai-e-vem, moedas pares do real -- como o peso mexicano e o peso chileno -- tiveram perdas firmes ante o dólar nesta sexta-feira, e a moeda brasileira acompanhava. Às 11h26, o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$5,7828 (+0,43%).
“O dólar aqui acompanhou a valorização vista no mercado externo frente a divisas commodities, em meio aos receios com as tarifas dos EUA”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “O petróleo também está em queda, assim como o minério de ferro, e tudo isso pressiona nossa moeda (real)”, acrescentou. Com a divisa norte-americana em patamares mais altos, exportadores aproveitaram para vender dólares, o que reduziu as cotações durante a tarde. Às 15h06, o dólar à vista marcou a mínima de R$5,7470 (-0,19%). Profissionais ouvidos pela Reuters chamaram a atenção, no entanto, para o fato de as oscilações do dólar nesta sexta-feira terem ocorrido em margens estreitas, com investidores posicionados antes de uma semana que promete ser tensa.
Na próxima segunda-feira -- último dia do mês e do trimestre -- ocorre a disputa pela formação da Ptax. Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
Já a próxima quarta-feira é o dia indicado por Trump para o início da cobrança de tarifas sobre vários países. Às 17h37, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,27%, a 103,960. Em relação às moedas de exportadores de commodities e emergentes, porém, o dólar se mantinha em alta.
Ibovespa fecha em queda com realização de lucros endossada por commodities e NY
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, em sessão de realização de lucros endossada pela fraqueza de commodities no exterior e declínio nos pregões em Nova York, terminando a semana quase no zero a zero após encostar nos 134 mil pontos.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,94%, a 131.902,18 pontos, tendo marcado 131.315,07 pontos na mínima e 133.143,44 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$18,28 bilhões. Na semana, o índice acumulou uma variação negativa de 0,33%, deixando os ganhos no mês em 7,41%. Na quinta-feira, chegou a 133.904,38 pontos, máxima intradia desde 2 de outubro do ano passado.
Estrategistas tem relacionado a performance das ações brasileiras a um movimento global de rotação de recursos, que tem favorecido mercados emergentes, o que é referendado por dados sobre a participação de estrangeiros na B3 (BVMF:B3SA3).
Em março até o dia 26, houve uma entrada líquida de quase R$4,8 bilhões no mercado secundário de ações brasileiro, com o saldo no ano positivo em aproximadamente R$13,5 bilhões, segundo os dados mais recentes disponibilizados pela bolsa.
Wall Street tomba conforme novos dados alimentam medo da inflação
As ações de Wall Street fecharam em forte queda nesta sexta-feira, com papéis da Amazon (NASDAQ:AMZN), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e outras ações de tecnologia sofrendo uma recuo acentuado, depois que dados dos Estados Unidos alimentaram temores de crescimento econômico fraco e inflação alta, conforme o governo Trump aumenta tarifas.
Os gastos dos consumidores dos EUA se recuperaram menos do que o esperado em fevereiro, enquanto um indicador de preços subjacentes aumentou mais do que o esperado em 13 meses.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,99%, para 5.580,28 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 2,71%, para 17.320,73 pontos. O Dow Jones caiu 1,71%, para 41.576,15 pontos.
As bolsas europeias aprofundaram as perdas nesta sexta-feira
Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,08%, fechando em 8.658,85 pontos. O DAX, de Frankfurt, caiu 0,98%, para 22.455,90 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, perdeu 0,93%, encerrando a sessão em 7.916,08 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve baixa de 0,84%, a 13.309,30 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,75%, para 6.950,96 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,92%, fechando em 38.739,30 pontos.
Na semana, o FTSE 100 subiu 0,14%; o DAX e o CAC 40 cederam 1,90% e 1,58%, respectivamente. O FTSE Mib caiu 0,76% e o PSI 20 teve alta de 2,26%. O Ibex 35 perdeu 0,3%.
As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira
O índice japonês Nikkei caiu 1,80% em Tóquio, a 37.120,33 pontos, Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi recuou 1,89% em Seul, a 2.557,98 pontos, com quedas de 3,5% da montadora Hyundai e de 2,6% da gigante de eletrônicos Samsung, enquanto o Hang Seng cedeu 0,65% em Hong Kong, a 23.426,60 pontos, sob o peso de ações de tecnologia, e o Taiex perdeu 1,59% em Taiwan, a 21.602,89 pontos.
Na China continental, os mercados chineses ficaram igualmente no vermelho, puxados para baixo por ações de consumo e de petrolíferas. O Xangai Composto caiu 0,67%, a 3.351,31 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,90%, a 2.026,18 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da Ásia e de Wall Street, e o S&P/ASX 200 avançou 0,16% em Sydney hoje, a 7.982,00 pontos, graças a ações de mineração, seguros e telecomunicações. Na Índia, o Índice S&P BSE Sensex, de Bombaim, teve queda de 0,25% a 77.414,92 pontos.
Fontes: Reuters, Dow Jones Newswires.