A sondagem, que faz parte do planejamento construído para elaboração da Estratégia Nacional para o Futebol Feminino do governo federal, revela que apenas 19,2% das atletas possuem vínculo profissional, enquanto 4,9% possuem contrato de trabalho temporário e 1,2% têm contrato de formação.
Ainda de acordo com a agência do governo brasileiro, o diagnóstico indica também que 47,9% das jogadoras adultas não recebem salário ou ajuda de custo para praticar o esporte.
Outro dado impressionante é que cerca de 70% das profissionais que atuam no futebol feminino fazem dupla jornada, se dedicando a outras atividades para complementarem seus vencimentos.
"O diagnóstico realizado pelo Ministério do Esporte mostra resultados importantes para orientar as políticas públicas, estratégias e ações necessárias a serem implementadas nos próximos anos. Demonstra também os principais gargalos e demandas regionais prioritárias", afirmou a ministra do Esporte, Ana Moser, sobre o documento.
A estratégia que o Ministério do Esporte começa a pôr em prática prevê:
- Ampliação dos investimentos e formação técnica para meninas e mulheres no mercado da bola
- Instalação de centros de treinamento específico para as mulheres, com metodologias próprias e diretrizes pedagógicas adaptadas às necessidades femininas
- Fomento à "participação das mulheres em posições de gestão, na arbitragem e na direção técnica de equipes".
A Estratégia Nacional de Futebol Feminino, do Mesp, tem o objetivo de fomentar o crescimento do esporte feminino, do apoio para melhores condições de treinamento, competições e remuneração no esporte. A depender do Governo Federal essa realidade irá se concretizar no Brasil. 🇧🇷
— Ministério do Esporte (@EsporteGovBR) August 20, 2023