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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 25/08/23

Bitcoin: R$ 127.449,66 Reais e US$ 26.044,50 Dólares.

Dólar comercialR$ 4,8750
Dólar turismoR$ 5,0631
Dólar ptaxR$ 4,8772
Euro comercialR$ 5,27
Euro turismoR$ 5.5292

O dólar à vista fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, numa sessão em que as cotações foram influenciadas por declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, e pela venda da moeda norte-americana por participantes do mercado que buscavam embolsar ganhos com a alta.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8751 reais na venda, com baixa de 0,09%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,84%.Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,08%, a 4,8850 reais.

No início do dia, os investidores reagiam à divulgação de novos números de inflação no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,28% em agosto. A leitura do indicador considerado prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA, ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,17%.
Uma das leituras no mercado foi de que uma inflação mais acelerada que o esperado reduz as chances de o Banco Central aumentar o ritmo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,25% ao ano. Assim, o diferencial de juros entre Brasil e exterior não diminuiria tanto em um primeiro momento, o que manteria o país atrativo ao capital internacional.

Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 4,8570 reais (-0,46%) às 9h09.

Ao longo da manhã, porém, o dólar foi recuperando o fôlego, em sintonia com o exterior e com investidores à espera da fala de Powell no simpósio de Jackson Hole, nos EUA, após as 11h. Ele afirmou que o Fed pode precisar aumentar ainda mais a taxa de juros para garantir que a inflação seja contida nos EUA.
Powell disse ainda que as autoridades do Fed "procederão com cuidado ao decidirmos se devemos apertar mais" a política monetária, mas também deixou claro que a instituição ainda não concluiu que sua taxa básica de juros está alta o suficiente para garantir que a inflação retorne à meta de 2%.

Após os comentários de Powell, o dólar ganhou força em todo o mundo. No Brasil, a moeda norte-americana à vista marcou a máxima de 4,9020 reais (+0,46%) às 11h39.

“Powell foi agressivo”, opinou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Após sua fala, as apostas de alta de juros, ou de que as taxas vão demorar a ser cortadas, aumentaram. Isso favorece o dólar”, acrescentou.
Porém, com a moeda norte-americana perto dos 4,90 reais, segundo Rugik, exportadores aproveitaram para vender divisas e investidores comprados no mercado futuro (posicionados na alta da moeda) também realizaram parte dos lucros.

Com isso, o dólar foi novamente conduzido para o território negativo no Brasil. O movimento coincidiu com a perda de força da moeda norte-americana também no exterior, em meio a dúvidas sobre o rumo dos juros nos EUA.
“A fala de Powell foi um pouco ambígua”, avaliou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. “Ele disse que o Fed está pronto para elevar mais os juros se necessário, mas que pode agir com cautela.”

No exterior, no fim da tarde o dólar oscilava muito perto da estabilidade ante divisas fortes e tinhas sinais mistos ante moeda emergentes.Às 17:16 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,08%, a 104,160.

O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, abaixo dos 116 mil pontos, após o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, deixar aberta a porta para mais aumento dos juros nos Estados Unidos, enquanto, no Brasil, o IPCA-15 mostrou inflação acima das previsões em agosto. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,02%, a 115.837,2 pontos. No começo da sessão, chegou a flertar com o sinal positivo, marcando 117.252,11 pontos. Na mínima do dia, recuou a 115.396,62 pontos.

O volume financeiro somou 18,7 bilhões de reais.

Apesar de tal desempenho, o Ibovespa assegurou o sinal positivo no acumulado da semana, com acréscimo de 0,37%, o que não acontecia há cerca de um mês. Nos EUA, o titular do banco central do país afirmou que ainda não está claro se os juros estão altos o suficiente para controlar a inflação e que a autoridade monetária está preparada para elevar mais a taxa se apropriado. Mas ressaltou que o Fed procederá "com cuidado" ao decidir sobre novas altas.

Na visão do economista-sênior do Inter, André Cordeiro, o discurso de Powell veio mais duro até mesmo que as últimas comunicações do Comitê de Política Monetária (Fomc) do Fed, o que é ilustrado pela afirmação de que o banco central dos EUA irá continuar a subir o juro até ter a certeza de que o trabalho está pronto.
Ele acrescentou que Powell elencou diversos motivos que podem levar a novos aumentos dos juros, como o mercado de trabalho e os gastos com consumo, mas ponderou que há o risco de apertar demais e o de fazer de menos, e por isso reforçou a necessidade de ser "data dependent" e agir de maneira gradual.

"Portanto, os próximos passos ainda estão em aberto", afirmou, reiterando projeção de que o Fomc irá pular a reunião de setembro e realizar uma nova alta na reunião de novembro.

Também o economista-chefe da Kínitro, Sávio Barbosa, avaliou que Powell sinalizou que a porta para novas altas está aberta, evidenciando quais são seus principais pontos de atenção, mas também que os próximos passos da política monetária precisam ser dados com cuidado e que serão dependentes dos dados.
Barbosa ainda chamou a atenção para a sinalização do titular do BC norte-americano de que o processo de desinflação deve demandar tempo e que a taxa de juros ficará em nível restritivo até a inflação moderar. "Ou seja, sinalizou juros altos por mais tempo", afirmou.

Wall Street mostrou volatilidade após a fala de Powell, mas fechou no azul, com o S&P 500 avançando 0,67%, o que ajudou a tirar o Ibovespa das mínimas do pregão.De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 0,66%, para 4.405,32 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,93%, para 13.589,13 pontos. O Dow Jones subiu 0,73%, para 34.344,00 pontos.

As negociações na B3 (BVMF:B3SA3) também foram afetadas pelo IPCA-15 de agosto, que subiu 0,28%, com a taxa em 12 meses voltando a passar de 4%, superando projeções no mercado e endossando discurso recente do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a batalha contra inflação no Brasil não está ganha. Economistas do Bradesco consideraram o resultado misto, destacando como uma "parte benigna" a continuidade da desaceleração de serviços e destacando que a surpresa para cima é explicada em grande parte por itens voláteis. Mas ressaltaram que essa surpresa gera revisões altistas para o curto prazo.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) encerrou com decréscimo de 1,58%, a 26,86 reais, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) desvalorizou-se 1,26%, a 14,83 reais, entre as maiores pressões de baixa.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuou 0,68%, a 31,97 reais, após renovar máximas históricas durante a semana, em movimento descolado do aumento dos preços do petróleo no mercado externo nesta sessão, quando o Brent fechou em alta de 1,34%, a 84,48 dólares o barril.

- GPA (BVMF:PCAR3) ON caiu 7,23%, a 5,9 reais, ainda sofrendo com ajustes relacionados à cisão de participação do grupo de varejo alimentar no colombiano Éxito, por meio de uma redução de capital. O BTG Pactual (BVMF:BPAC11) também cortou a recomendação para a ação para "neutra", com preço-alvo de 7 reais para o final de 2024.

- CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON fechou em baixa de 6,58%, a 2,27 reais, renovando mínima história intradia a 2,27 reais no pior momento.

- LOCAWEB ON (BVMF:LWSA3) recuou 5,29%, a 6,8 reais, no segundo dia de correção, após um desempenho mais positivo no começo da semana, com alta de quase 10% entre a segunda-feira e a quarta-feira. Na última sexta-feira, o papel tocou uma mínima intradia desde maio, a 6,40 reas, embora tenha fechado a 6,73 reais.

- VALE ON (BVMF:VALE3) cedeu 0,21%, a 62,07 reais, sucumbindo à pressão vendedora na bolsa apesar da alta dos contratos futuros do minério de ferro na Ásia, apoiada em medidas de suporte à recuperação econômica da China e no otimismo com as perspectivas de demanda no curto prazo.

- SÃO MARTINHO ON avançou 4,02%, a 36,5 reais. O Bradesco BBI elevou a recomendação da ação para "compra", citando visão otimista sobre os preços do açúcar apoiada na alta probabilidade de um forte El Niño ocorrer ao longo do quatro trimestre de 2023 e do primeiro trimestre de 2024. RAÍZEN PN (BVMF:RAIZ4) ganhou 1,61%.

- WEG ON (BVMF:WEGE3) fechou em alta de 1,06%, a 36,36 reais, tendo como pano de fundo anúncio pela fabricante de motores elétricos e tintas industriais de investimento de 40 milhões de dólares na compra de novo terreno no México, país no qual está presente desde 2000.

- TENDA ON (BVMF:TEND3), que não está no Ibovespa, caiu 4,02%, a 14,32 reais, após a construtora informar que fez pedido para oferta subsequente de até 18,75 milhões de ações, uma operação da ordem de 280 milhões considerando o preço de fechamento do papel na véspera.

Fontes: Reuters.
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