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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 16/08/23

Bitcoin: R$ 144.890,95 Reais e US$ 28.930,20 Dólares.

Dólar comercialR$ 4,9863
Dólar turismoR$ 5,1823
Dólar ptaxR$ 4,9772
Euro comercialR$ 5,42
Euro turismoR$ 5.6927


O dólar hoje fechou a quarta-feira praticamente estável ante o real, com investidores realizando os lucros mais recentes durante boa parte do dia e reagindo ao noticiário externo, com novos dados fracos da China e a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9874 reais na venda, com variação negativa de 0,01%. Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,01%, a 5,0005 reais.

No exterior, os mercados operavam pela manhã em meio aos receios de que a desaceleração chinesa possa se aprofundar, após a divulgação de dados econômicos fracos nos últimos dias.
Nesta quarta-feira, números oficiais mostraram que os preços das novas moradias na China caíram em julho pela primeira vez este ano. O setor imobiliário responde por cerca de um quarto da atividade econômica do país. O temor de que as dificuldades do setor imobiliário se propaguem para o setor financeiro chinês aumentou após a financeira Zhongrong deixar de pagar dezenas de produtos de investimento desde o fim do mês passado.

No entanto, a mídia estatal chinesa afirmou também nesta quarta-feira que o país fortalecerá a coordenação de várias políticas para impulsionar o crescimento e atingir a meta econômica deste ano.
A perspectiva de que Pequim atue para sustentar o crescimento deu certo suporte mais cedo a algumas moedas de países exportadores de commodities, como o real.
Mas o movimento do câmbio no Brasil, na visão de Evandro Caciano, head de câmbio da Trace Finance, esteve mais ligado nesta quarta-feira à realização dos lucros recentes por parte de alguns investidores.

“Tinha muito estrangeiro comprado, então era hora de realizar. Essa recuada de hoje (quarta-feira) do dólar é técnica. Eu estava esperando que ela chegasse amanhã, mas veio antes”, comentou Caciano.
Segundo ele, investidores perceberam que o dólar futuro -- o mais líquido no mercado brasileiro e, no limite, o ativo que determina as cotações no mercado à vista -- tem por enquanto pouco espaço para ir além dos 5 reais, o que fez disparar o processo de realização nesta quarta-feira.
Além da China e do movimento técnico, o mercado de câmbio operou à espera da divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve, divulgada às 15h.

O documento mostrou que autoridades do Fed ficaram divididas quanto à necessidade de mais aumentos na taxa básica de juros na reunião de 25 e 26 de julho, com "alguns participantes" citando riscos para a economia de elevar demais os juros, mesmo quando "a maioria" continuou a priorizar a luta contra a inflação.
Após a ata, o dólar se firmou em alta ante uma cesta de moedas fortes e passou a subir ante várias divisas de países emergentes ou exportadores de commodities.

No Brasil, a moeda norte-americana à vista se reaproximou da estabilidade, praticamente apagando o recuo visto mais cedo. Às 17:26 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,25%, a 103,470. Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de outubro.

O Ibovespa morreu na praia mais uma vez e fechou em baixa nesta quarta-feira pelo 12º pregão consecutivo, com o declínio das ações de Eletrobras, Weg e Natura&Co (BVMF:NTCO3) respondendo pelas principais pressões de baixa, enquanto a alta dos papéis da Petrobras evitou um declínio maior.

A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do banco central dos Estados Unidos foi a vilã do dia, uma vez que o documento mostrou que a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, "o que pode exigir mais aperto da política monetária".

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,5%, a 115.591,52 pontos, ampliando para 5,21% o declínio em agosto -- mês em que não fechou no azul em nenhuma sessão. Até 1982, não houve nenhuma série com 12 fechamentos negativos do Ibovespa, conforme dados da Refinitiv.

"Não temos registro de nenhuma sequência de 12 quedas consecutivas do Ibovespa desde 1980", acrescentou Einar Rivero, gerente comercial da TradeMap

Na máxima desta quarta-feira, o Ibovespa chegou a 117.337,65 pontos. Na mínima, a 115.533,58 pontos. O volume financeiro no pregão alcançou 48,77 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro.
Pouco antes da divulgação da ata do Fomc, o Ibovespa ainda trabalhava no território positivo (+0,35), mas não se sustentou conforme Wall Street também enfraqueceu, em meio à avaliação de que o documento indicou risco de mais aperto monetário.

A ata, referente à decisão do Federal Reserve de elevar a taxa de juros para um intervalo entre 5,25% e 5,5% no final do mês passado, mostrou as autoridades divididas quanto à necessidade de mais aumentos, mas com "a maioria" considerando o combate à inflação como sua principal prioridade.

Além disso, mostrou que "a maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária".
"Apesar das ponderações sobre opiniões divergentes em favor do final do ciclo, as preocupações com a permanência de desequilíbrios são claras na ata e, no final das contas, existe o reconhecimento de que a batalha contra a inflação alta ainda não terminou", disse o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.
Ele acrescentou que há uma chance real de que haja uma pausa nos aumentos em setembro, mas se isso significará o encerramento do ciclo -- ou não -- ainda está totalmente em aberto.

Para o economista-sênior do Inter, André Cordeiro, a ata indicou que os próximos passos do Fed são incertos e dependerão dos dados econômicos. Ele ressaltou que antes da próxima decisão haverá a divulgação de emprego e da inflação de agosto nos EUA, que serão essenciais para a reação do BC norte-americano.
Ele acrescentou ver a tendência de desinflação se manter, mas que o mercado de trabalho continua muito apertado e os dados de atividade têm mostrando uma forte retomada. "Não se pode descartar a possibilidade de uma nova aceleração da inflação, o que pode levar a novas altas" dos juros nas próximas reuniões.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,76%, tendo ainda como pano de fundo novos dados que continuaram a apontar para uma força persistente na economia dos EUA, com um salto na construção de residências unifamiliares em julho e um crescimento maior do que o esperado na produção industrial.

No Brasil, agentes financeiros também continuaram ajustando posições e modelos com o término da temporada de resultados corporativos do segundo trimestre, que refletiu os efeitos da atividade econômica local ainda fraca, juros altos e pressões inflacionárias, combinadas com a baixa de preços de commodities.
De acordo com cálculos da equipe do Safra, considerando as empresas sob sua cobertura, os lucros caíram de 37,4% no segundo trimestre na comparação ano a ano, enquanto houve contração de 4,4% na receita e de 23,1% no Ebitda.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) valorizou-se 2,2%, a 31,54 reais, ainda refletindo a decisão da companhia de aumentar os preços dos combustíveis, anunciada na véspera. O presidente da Petrobras também afirmou em entrevista na noite da véspera que a empresa, de controle estatal, não foi pressionada pelo governo federal a se abster de aumentar os preços locais dos combustíveis. Nesta quarta-feira, Jean Paul Prates também disse que a companhia não repetirá erros do passado relacionados a preços de combustíveis e contratações de obras. No exterior, os preços do petróleo recuaram.

- NATURA&CO ON (BVMF:NTCO3) caiu 8,9%, a 16,48 reais, após a fabricante de cosméticos fornecer mais detalhes sobre a integração entre as marcas Natura e Avon na América Latina, processo chamado de Onda 2, apresentando resultados iniciais no Peru e na Côlombia e expectativas sobre o Brasil. A companhia, contudo, não apresentou previsão de margem Ebitda para a região, enquanto indicou problemas de curto prazo relacionados à integração na região. Analistas também citaram que a empresa não divulgou um valor específico para os custos de integração. Na véspera, as ações fecharam em alta de 5,48%, após a divulgação do balanço do segundo trimestre na noite de segunda-feira.

- ELETROBRAS ON (BVMF:ELET3) fechou em baixa de 3,56%, a 33,9 reais, ainda pressionada por receios após a renúncia repentina de Wilson Ferreira Junior ao cargo de presidente da companhia. Para seu lugar, foi eleito Ivan de Souza Monteiro. Para analistas, a saída de Ferreira Jr., em uma ação inesperada e com motivação não muito clara, deve pesar sobre os papéis da companhia elétrica no curto prazo, embora a entrada de Monteiro no cargo seja positiva e indique continuidade do trabalho que vinha sendo feito na empresa até então.

- WEG ON (BVMF:WEGE3) recuou 4,42%, a 37,61 reais. Analistas da XP Investimentos (BVMF:XPBR31) cortaram a recomendação da ação para "neutra" e o preço-alvo de 45 para 40 reais, citando expectativas de desaceleração de receita e retornos se acomodando em níveis mais baixos nos próximos anos. Mesmo com a visão de que a Weg é uma empresa "melhor da turma" e uma das mais bem-sucedidas da história corporativa brasileira, eles consideram o múltiplo P/L atual de cerca de 29 vezes como uma história "precificada à perfeição".

- IRB (RE) ON (BVMF:IRBR3) disparou 11,86%, a 44,25 reais, tendo como pano de fundo relatório de analistas do Citi elevando a recomendação dos papéis para "neutra", bem como o preço-alvo, de 25 para 40 reais. Eles apontaram que a redução do risco de capital dá menos razões para serem vendedores dos papéis da resseguradora.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) fechou com variação negativa de 0,07%, a 27,07 reais, distante da máxima do dia, quando chegou a 27,52 reais, mesmo com analistas do JPMorgan (NYSE:JPM) elevando o preço-alvo da ação de 31 para 33 reais, com manutenção do "overweight". No setor, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) subiu 0,86%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) recuou 0,52% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) terminou com decréscimo de 1,08%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) terminou em baixa de 0,39%, a 61,05 reais, mesmo vinda de seis quedas seguidas, em que acumulou um declínio de 7%. Em agosto, até a véspera, a perda alcançava 8,7%. Na China, o contrato futuro do minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações do dia com alta de 0,8%, a 738,50 iuans (101,23 dólares) por tonelada. Na Bolsa de Cingapura, porém, o contrato de referência caiu 0,3%.

- AZEVEDO & TRAVASSOS ON (BVMF:AZEV3), que não está no Ibovespa, disparou 17,67%, a 2,93 reais. A tradicional empreiteira e prestadora de serviços para o setor de óleo e gás projetou na véspera voltar a produzir petróleo ainda em 2023, com o retorno ao segmento podendo demandar uma oferta subsequente de ações ("follow-on") ou um aumento de capital para financiar as atividades.

- NUBANK (NYSE:NU), que é negociado em Nova York, caiu 3,41%, a 7,64 dólares, mesmo após reportar balanço na véspera com lucro líquido ajustado de 262,7 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano, em comparação com 17 milhões de dólares no mesmo período de 2022. O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado alcançou 19%. A receita saltou 60% em base neutra de câmbio, para quase 1,9 bilhão de dólares, um novo recorde histórico.

Fontes: Reuters.
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