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quarta-feira, 1 de março de 2023

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 01/03/23

Bitcoin: R$ 122.595,38 Reais e US$ 23.533,50 Dólares.

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O dólar à vista fechou a quarta-feira no Brasil em baixa ante o real, em sintonia com o exterior, onde as divisas de países exportadores de commodities foram favorecidas pelos dados positivos de atividade divulgados pela China.

A baixa do dólar interrompeu uma sequência de três sessões consecutivas de ganhos ante o real, a despeito de o mercado financeiro seguir cauteloso com o noticiário brasileiro. Seguem no radar dos investidores os desdobramentos do retorno parcial da tributação federal sobre os combustíveis, que será acompanhada pela cobrança de impostos sobre a exportação de petróleo por quatro meses.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1914 reais, em baixa de 0,66%.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:34 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,97%, a 5,2215 reais.

A baixa do dólar no Brasil acompanhava a tendência verificada no exterior.

Às 17:34 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,50%, a 104,460.

Pela manhã, os mercados do mundo todo repercutiam os dados positivos da economia chinesa. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China disparou para 52,6 em fevereiro, ante 50,1 em janeiro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas da China. Números acima de 50 indicam expansão. Este foi o melhor resultado desde abril de 2012.

Em reação, o dólar à vista se manteve em baixa ante o real na maior parte do dia.

“O real esteve bem em linha com o exterior, onde as moedas de países emergentes também subiam ante o dólar. A grande contribuição para isso veio do número positivo da China, durante a madrugada”, afirmou Felipe Novaes, chefe da mesa de operações do C6 Bank.

Como a China é uma grande importadora de commodities, os dados sugeriram que fornecedores como o Brasil podem ser favorecidos.

“O comportamento das moedas de emergentes se manteve ao longo do dia, apesar da piora nas bolsas e nas taxas de juros nos EUA”, pontuou Novaes.

Internamente, alguns profissionais demonstravam cautela em relação aos desdobramentos da volta da tributação sobre os combustíveis. Além disso, citavam a pressão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o Banco Central.

Na terça-feira e na manhã desta quarta, Haddad defendeu que o BC corte juros, em função das medidas fiscais recentes do governo, que incluíram uma reoneração parcial dos combustíveis no mercado interno e a taxação de exportações de petróleo.

Na visão de alguns profissionais, a cautela em relação ao ajuste fiscal contribuiu para que o dólar não recuasse mais intensamente ante o real. No horizonte dos investidores está a divulgação, prevista para este mês de março, do novo arcabouço fiscal do país.

À tarde, o Banco Central informou dados positivos para o fluxo de dólares para o Brasil neste início de 2023. No acumulado do ano até 24 de fevereiro, o país registrou fluxo cambial positivo de 8,735 bilhões de dólares. A cifra é resultado de entradas de 4,309 bilhões de dólares pelo canal financeiro e aportes no país de 4,426 bilhões de dólares pela via comercial.

Pela manhã, o BC vendeu 15.190 contratos de swap cambial tradicional, em operação de rolagem dos vencimentos de abril.

O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, com Hapvida afundando mais de 30% após decepção com resultado trimestral, mas o movimento de baixa foi atenuado pelo forte avanço de Vale, enquanto agentes financeiros aguardavam a divulgação do desempenho da Petrobras no quarto trimestre de 2022.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,52%, a 104.384,67 pontos, após chegar a 103.104,81 pontos no pior momento, mínima intradia desde meados de dezembro. O volume financeiro somou 32 bilhões de reais.

Na visão de Bruno Madruga, sócio e chefe de renda variável da Monte Bravo Investimentos, o mercado brasileiro sofreu bastante com os impactos do anúncio de tributação da exportação de petróleo, principalmente as petrolíferas menores - embora Prio tenha reduzido bastante as perdas no final do pregão.

No caso de Petrobras, ele ressaltou que o foco agora está no balanço após o fechamento da bolsa, em especial anúncios sobre os próximos dividendos.

Madruga também chamou a atenção para a deterioração nos mercados acionários no exterior, após um começo de sessão mais positivo na esteira de dados melhores sobre a atividade fabril na China, conforme números não tão positivos da economia dos Estados Unidos pressionaram as bolsas norte-americanas,

"Isso também contribuiu para uma queda do restante dos mercados globais", afirmou.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,47%, com o setor industrial dos EUA contraindo pelo quarto mês consecutivo em fevereiro.

Análise técnica da equipe do Itaú BBA afirmou que o risco de mais quedas do Ibovespa aumentou, após o índice entrar em tendência de baixa. Para Fábio Perina e equipe, conforme relatório enviado a clientes nesta quarta-feira, o cenário de aversão ao risco que cresceu na última semana.

Destaques

- HAPVIDA ON (BVMF:HAPV3) afundou 32,74%, a 3,02 reais, renovando mínimas históricas e perdendo 10,5 bilhões de reais em valor de mercado, após reportar queda de 56,1% no lucro líquido ajustado do quarto trimestre. Analistas do Credit Suisse (SIX:CSGN) cortaram a recomendação dos papéis para "neutra' e reduziram o preço-alvo de 6,50 para 4,40 reais após o balanço. "Não há muito o que comemorar", endossou a equipe do Citi. Executivos não foram capazes de acalmar o mercado em teleconferência com analistas, na qual afirmaram que a Hapvida vai acelerar a verticalização de suas operações e reforçar reajustes de preços de seus planos como forma de melhorar suas margens de lucro. Na mínima, a ação chegou a 2,84 reais.

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançou 4,55%, a 89,2 reais, em sessão positiva para ações de mineração e siderurgia, evitando um declínio ainda maior do Ibovespa. Os contratos futuros de minério de ferro subiram cerca de 2% nesta quarta-feira, com dados de atividade manufatureira da China melhores do que o esperado aumentando as esperanças de uma recuperação da demanda no maior produtor de aço do mundo. No setor, GERDAU PN (BVMF:GGBR4) ganhou 3,11%, a 29,52 reais, mesmo após queda de 61,7% no lucro no quarto trimestre do ano passado. A empresa anunciou dividendos e bonificações em ações aos acionistas, enquanto espera ano "bastante forte" nas operações na América do Norte. CSN ON (BVMF:CSNA3) foi o destaque do setor com salto de 7,62%, enquanto USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) ganhou 4,98%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) encerrou com acréscimo de 0,24%, a 25,3 reais, distante da mínima da sessão, quando chegou a cair mais de 4%, a 24,19 reais. Investidores aguardam a divulgação do balanço do quarto trimestre da empresa após o fechamento do mercado, principalmente de decisões da estatal sobre dividendos. Mais cedo, os papéis também foram afetados pela decisão de do governo tributar a exportação de petróleo, assim como percepção de aumento nos riscos envolvendo a tese de investimento nas ações da petrolífera, principalmente após a empresa cortar os preços da gasolina e do diesel. Isso porque a redução ocorreu em meio a negociações com o governo para compensar parte dos efeitos inflacionários da reoneração de tributos federais nos combustíveis. O governo também pediu à companhia a suspensão de venda de ativos por 90 dias.

- BRF ON (BVMF:BRFS3) subiu 5,36%, a 6,49 reais, após uma abertura volátil, com o foco voltado para o plano da companhia de vender até 4 bilhões de reais em ativos não essenciais este ano. A notícia ofuscou o prejuízo nos últimos três meses de 2022, acima do previsto por analistas, o quarto trimestre consecutivo de perdas para a empresa. De acordo com analistas do Bradesco, a alta alavancagem financeira da BRF tem sido a principal preocupação dos investidores e o plano sobre desinvestimentos corrobora expectativa de redução no risco do balanço. Na mínima, mais cedo, a ação chegou a 6,05 reais. Na máxima, alcançou 6,99 reais. MARFRIG ON (BVMF:MRFG3), principal acionista da BRF, avançou 3,14%.

- 3R PETROLEUM ON (BVMF:RRRP3) despencou 10,46%, a 32,6 reais, e PRIO ON (BVMF:PRIO3) caiu 0,95%, 33,38 reais, ainda afetadas pelo anúncio da véspera sobre uma taxação das exportações de petróleo por um prazo de quatro meses, a fim de recuperar arrecadação federal neste ano. Na terça-feira, os papéis fecharam com quedas ao redor de 7% e 9%, respectivamente, ampliando as perdas no final do pregão quando a medida foi anunciada. Na visão de analistas do Itaú BBA, a taxação, combinada a outros eventos, aumenta os receios com a política de preços da estatal e adicionam risco ao regime de tributação do setor. "A nosso ver, esse risco extra implica um tom negativo para as petrolíferas independentes em nossa cobertura", afirmaram. Prio, que reduziu bastante as perdas na segunda etapa do dia, ainda divulga balanço nesta quarta-feira. Na mínima da sessão, chegou a 31,44 reais.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) recuou 3,23%, a 39 reais, respondendo pelo pior desempenho entre os grandes bancos de varejo no Ibovespa, em meio a preocupações com riscos regulatórios, além de perspectivas sobre deterioração na qualidade dos ativos no setor, com alta de inadimplência em meio a uma economia mais fraca. Analistas do Bradesco BBI cortaram a recomendação de BB e Itaú Unibanco pata "neutra", bem como a de Santander Brasil para "underperform", e reduziram os respectivos preços-alvos. ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) caiu 1,63% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) perdeu 1,98%, enquanto BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) declinou 0,76%.


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