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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 10/02/23

Bitcoin: R$ 111.365,64 Reais e US$ 21.588,90 Dólares.

Dólar comercialR$ 5,2220
Dólar turismoR$ 5,4295
Dólar ptaxR$ 5,2526
Euro comercialR$ 5,57
Euro turismoR$ 5.8524


O dólar teve forte queda frente ao real nesta sexta-feira, na esteira de movimento de realização de lucros, mas ainda fechou a semana com fortes ganhos, conforme investidores seguem preocupados com a possibilidade de o Banco Central ceder a críticas do governo sobre a conduta da política monetária.

A moeda norte-americana à vista caiu 0,98% neste pregão, a 5,2220 reais na venda, maior queda percentual diária desde 25 de janeiro (-1,21%).

Essa queda refletiu "operações de realização de lucros por parte dos agentes, visto que as operações do dia foram bastante tranquilas se comparadas ao visto ao longo da semana", disse Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

"(O presidente Luiz Inácio Lula da Silva) está no exterior em viagem a Washington e não houve grandes fatos no Congresso brasileiro; isso permitiu que os investidores aproveitassem esse momento."

Alguns participantes do mercado também disseram que exportadores aproveitaram o patamar elevado do dólar, que nesta manhã chegou a superar pontualmente os 5,30 reais, para ir às vendas, enquanto outros citaram fluxo pontual de entrada de recursos corporativos no mercado brasileiro.

Ainda assim, Mattos destacou que a semana foi marcada por bastante aversão a risco, em meio a ataques do governo federal ao Banco Central, com críticas à autonomia da autarquia, o nível da taxa de juros e as metas de inflação. Nesse contexto, o dólar encerrou a semana com alta acumulada de 1,49%.

O humor do mercado doméstico piorou especialmente na quinta-feira, depois de notícias de que a equipe econômica do governo estaria estudando antecipar uma revisão das metas de inflação do país na tentativa de acalmar as tensões entre o Banco Central e Lula, com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, supostamente aberto a tais mudanças nos objetivos.

Em resposta, os ativos brasileiros despencaram no pregão de quinta, já que qualquer cessão do BC às pressões do governo seriam lidas como interferência política numa instituição que, por lei, é independente.

"O problema é que o principal capital de uma autoridade monetária independente é sua credibilidade. Se o BCB ceder muito nesse debate, corre o risco de perdê-la", disse a Mirae Asset em relatório a clientes.

Para além do movimento de ajuste, Mattos, da StoneX, disse que a queda do dólar nesta sexta-feira pode ter sido influenciada pela notícia de que o volume de serviços do Brasil cresceu bem mais do que o esperado em dezembro e alcançou o maior patamar da série histórica, terminando 2022 com ganhos pelo segundo ano seguido.

"Isso contribuiu para uma perspectiva positiva de crescimento econômico do país, e ajudou no movimento de valorização cambial", avaliou o especialista.

Enquanto isso, no mercado internacional, o dólar apresentava forte alta contra uma cesta de moedas fortes nesta tarde, com investidores voltando a mostrar preocupação com a trajetória de altas de juros do banco central norte-americano, o Federal Reserve.

O Ibovespa fechou quase estável nesta sexta-feira, com a alta de Petrobras (BVMF:PETR4) impulsionada pelo petróleo contrabalançando a queda de Bradesco (BVMF:BBDC4) após balanço abaixo do esperado, enquanto a cena política teve dia mais morno com alguma pausa em atritos recentes entre o governo e o Banco Central.

De acordo com dados preliminares, o Ibovespa fechou com variação positiva de 0,08%, a 108.095,48 pontos, alternando alta e baixa durante quase todo o pregão. O volume financeiro somava 23,2 bilhões de reais.

Na semana, também segundo dados preliminares, o índice acumulou queda de 0,39%.

DESTAQUES

- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdia 6,96%, a 12,84 reais, tendo caído mais cedo ao menor valor em quase três anos, após divulgar um lucro recorrente para o quarto trimestre de 1,6 bilhão de reais, bem abaixo do que esperavam analistas, impactado em parte pelo caso Americanas. O mercado ainda reagia a projeções publicadas pelo banco. O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, disse mais cedo que a instituição concedeu mais empréstimos do que deveria durante a pandemia e que isso resultou na escalada da inadimplência que enfrenta agora. Rivais também cediam, com queda de 0,73% de ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4).

- ALPARGATAS PN (BVMF:ALPA4) desabava 17,57%, a 9,71 reais, após divulgar prejuízo líquido de operações continuadas de 21 milhões de reais no quarto trimestre, resultado visto por analistas como pior do que o projetado.

- CPFL (BVMF:CPFE3) ENERGIA ON tinha valorização de 3,51%, a 30,94 reais, e EQUATORIAL ON (BVMF:EQTL3) exibia avanço de 2,48%, a 26,87 reais, em sessão positiva para empresas de energia.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 2,47%, a 26,57 reais, diante de alta superior a 1,5% do petróleo Brent no exterior após a Rússia anunciar planos para redução da produção da commodity. No setor, PRIO ON avançava 2,48% e 3R PETROLEUM ON ganhava 1,4%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) diminuía 1,47%, a 87,09 reais, mesmo após o minério de ferro avançar 0,8%, 863,50 iuans, na bolsa de Dalian.

- TIM ON (BVMF:TIMS3) tinha ganho de 3,89%, a 11,23 reais, ainda que a empresa tenha divulgado uma queda de 23,2% no lucro líquido normalizado do quarto trimestre, a 590 milhões de reais. A receita no período subiu 22,4% em relação ao ano anterior.

- USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) operava estável, a 7,43 reais, após publicar prejuízo para o quarto trimestre, revertendo resultados positivos obtidos um ano antes e nos três meses imediatamente anteriores, com quedas nas vendas de aço e minério de ferro e reconhecimento de impairment de 1,7 bilhão de reais relacionado ao valor de seus ativos.
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