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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 21/10/22

Bitcoin: R$ 100.593,07 Reais e US$ 19.185,40 Dólares.

Dólar comercialR$ 5,1468
Dólar turismoR$ 5,3784
Dólar ptaxR$ 5,1919
Euro comercialR$ 5,08
Euro turismoR$ 5.3297


O dólar fechou em queda de mais de 1% nesta sexta-feira, abaixo de 5,15 reais, abatido por movimento global de procura por risco em meio a esperanças de desaceleração do ritmo de aperto monetário do banco central dos Estados Unidos, enquanto a percepção de acirramento das eleições presidenciais brasileiras forneceu apoio adicional à divisa doméstica.

A moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 1,29%, a 5,1496 reais na venda, maior depreciação diária desde o tombo de 4,025% registrado no último dia 3 e menor patamar para encerramento desde 22 de setembro (5,1157 reais). Na semana, o dólar acumulou queda de 3,27%.

Na B3 (BVMF:B3SA3), onde os negócios vão além das 17h (horário de Brasília) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,33%, a 5,1550 reais.

Parte da desvalorização do dólar, de acordo com Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar, foi reflexo do aparente acirramento na disputa pelo Palácio do Planalto, depois que pesquisas de intenção de voto recentes mostraram redução na diferença entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

"O mercado prefere a continuidade da atual gestão econômica; especialmente na questão de privatizações, prefere a continuidade de um trabalho que já vem sendo feito contra algo que ainda não é claro", afirmou Mori. "A aceleração dele (Bolsonaro) nas últimas pesquisas tem trazido otimismo ao mercado, então isso reflete não só no dólar, mas na bolsa também."

O Ibovespa avançou mais de 2% nesta sexta-feira e registrou melhor desempenho semanal desde novembro de 2020.

A agenda econômica do atual presidente é vista como muito mais liberal quando comparada à de Lula. No entanto, economistas têm alertado que ambos os candidatos ao Planalto podem precisar flexibilizar as regras fiscais do país no ano que vem caso sejam eleitos, de forma a cumprir promessas de gastos feitas durante suas respectivas campanhas.

Enquanto isso, oferecendo apoio adicional à moeda brasileira nesta sessão, o dólar registrava amplas perdas no exterior, com seu índice frente a uma cesta de pares fortes caindo quase 1% nesta tarde, em linha com queda nos rendimentos dos títulos soberanos dos Estados Unidos e disparada dos principais índices de Wall Street. (NPT)

Investidores encontraram algum conforto em reportagem do Wall Street Journal de que o banco central dos EUA começará a debater planos de desacelerar seu ritmo de aperto monetário em dezembro, depois de um provável quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual nos juros em seu encontro de novembro.

Corroborou essa expectativa a fala da presidente do Federal Reserve de San Francisco, Mary Daly, que disse nesta sexta-feira que é hora de o BC norte-americano começar a falar em diminuir o ritmo das altas nos custos dos empréstimos.

Juros mais altos nos EUA tornam o mercado de renda fixa norte-americano mais rentável, o que, de modo geral, atrai recursos estrangeiros e beneficia o dólar globalmente. Desta forma, explicou disse Mori, da Planejar, uma eventual desaceleração do ritmo de aperto é vista como prejudicial para a moeda norte-americana, especialmente em relação a pares de países emergentes, que oferecem retornos maiores.

No Brasil, a taxa Selic está atualmente em 13,75%, nível que torna o real muito atraente para estratégias de "carry trade", que consistem na tomada de empréstimo em país de juro baixo e aplicação desses recursos em mercado de retornos mais altos.

O Bank of America (NYSE:BAC) disse em relatório desta sexta-feira que, se há um lado positivo para os mercados de câmbio de países emergentes em meio a um cenário externo ainda adverso, diante de temores de aperto monetário e recessão, "seria a sensação de que as autoridades de mercados emergentes estão fazendo um trabalho melhor ao coordenar suas políticas fiscais e monetárias", notando a rapidez dos BCs emergentes em aumentar os juros.

O dólar cai 7,6% frente ao real até agora em 2022, com a divisa brasileira ostentando o melhor desempenho no acumulado do ano entre uma cesta dos principais pares da moeda norte-americana. No mesmo período, o índice do dólar contra uma cesta de pares fortes dispara quase 17%.

O Ibovespa fechou em forte alta nesta sexta-feira, flertando com os 120 mil pontos, endossado por Wall Street, com Petrobras renovando máximas históricas na esteira do avanço do petróleo e expectativas eleitorais.

O último pregão da semana também teve uma bateria de notícias corporativas para agentes financeiros repercutirem, entre elas o resultado de Assaí (BVMF:ASAI3), que abriu a temporada de balanços do terceiro trimestre do Ibovespa.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,35%, a 119.928,79 pontos. Na máxima, chegou a 120.751,55 pontos. O volume financeiro somou 40,7 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de contratos de opções sobre ações.

Na semana, o Ibovespa avançou 7,01%, melhor desempenho semanal desde novembro de 2020.

Na visão do analista Luis Novaes, da Terra Investimentos, o alívio das pressões externas e acirramento da disputa eleitoral favorecem setores importantes da bolsa, o que permitiu que Ibovespa encerrasse a semana com forte valorização.

Ele chamou a atenção para o desempenho de Petrobras, por perspectivas relacionadas aos preços do petróleo, mas também expectativas de reeleição do atual governo, "que poderia significar a manutenção da política de preços e modelo de gestão que impulsionaram os resultados da empresa nos últimos anos".

A aposta de uma virada de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial tem se apoiado em números recentes das principais pesquisas mostrando estreitamento da diferença entre ele e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que segue liderando as intenções de voto.

Em Wall Street, o S&P 500 também avançou mais de 2%, em meio a esperanças de que o banco central norte-americano possa adotar uma postura menos agressiva na conduta de sua política monetária, o que fortaleceu a bolsa paulista.

Destaques

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) fechou em alta de 3,43%, a 37,72 reais, e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) avançou 3,41%, a 41,56 reais, ambas renovando marcas históricas, com o valor de mercado da petrolífera alcançando 520,6 bilhões de reais. Na semana, as PNs subiram 12,87% e as ONs valorizaram-se 11,87%. A alta do petróleo no exterior e expectativas eleitorais, principalmente a melhora do desempenho de Bolsonaro nas pesquisas ficaram de pano de fundo.

- ASSAÍ ON (BVMF:ASAI3)subiu 3,28%, a 18,6 reais, após lucro líquido do terceiro trimestre acima do esperado pelo mercado, com crescimento de vendas no conceito mesmas lojas da ordem de 9%. A rede de atacarejo sinalizou confiança de obter no último quarto do ano um resultado mais forte que no terceiro trimestre. Para completar, estrategistas do Bank of America (NYSE:BAC) avaliam que a ação pode ser incluída no MSCI em revisão no próximo mês.

- GPA ON (BVMF:PCAR3) avançou 3,57%, a 21,19 reais, revertendo a fraqueza da abertura, quando chegou a cair mais de 4%. O dono da bandeira Pão de Açúcar, divulgou na quinta-feira receita bruta no Brasil de 4,3 bilhões de reais para o terceiro trimestre, com crescimento no conceito mesmas lojas de 6,6% ante mesmo período de 2021.

- MRV ON (BVMF:MRVE3) recuou 7,18%, a 9,31 reais, devolvendo a recuperação dos últimos três pregões (+7,7%), depois de ter despencado 11,4% na segunda-feira na esteira de dados operacionais do terceiro trimestre. Além disso, o Itaú BBA excluiu os papéis de sua "Lista de Compras" de ações no Brasil, após os analistas da casa rebaixarem a recomendação do papel para 'market perform' no começo da semana.

- GRUPO SOMA ON (BVMF:SOMA3) valorizou-se 5,48%, a 14,06 reais, mostrando fôlego principalmente na parte da tarde, mais do que revertendo a queda na semana até a véspera, de 1,4%.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) encerrou com acréscimo de 2,48%, a 44,68 reais. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançou 3,33%, a 31,06 reais, marcando novos recordes. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subiu 2,12%, a 20,73 reais.

- SABESP ON (BVMF:SBSP3) subiu 3,71%, a 58,74 reais, tendo no radar o segundo turno da eleição para o governo de São Paulo. Após o resultado do primeiro turno das eleições no país, em que Tarcísio de Freitas (Republicanos) garantiu vaga no segundo turno, à frente de Fernando Haddad (PT), a expectativa de uma privatização da Sabesp foi reavivada. O JPMorgan (NYSE:JPM) calcula que a ação pode valer 100 reais no caso de privatização.

- VALE ON (BVMF:VALE3) avançou 2,93%, a 74,13 reais, em sessão mais positiva para os preços do minério de ferro na Ásia. Também no radar, o presidente-executivo do Grupo BHP, maior mineradora listada do mundo, disse nesta sexta-feira estar "cautelosamente otimista" sobre as perspectivas econômicas para a China, apesar da incerteza. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON (BVMF:CSNA3) foi o destaque, com salto de 6,05%.
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