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quinta-feira, 5 de maio de 2022

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 05/05/22

Bitcoin: R$ 185.576,98 Reais e US$ 36.468,70 Dólares.

Dólar comercial: R$ 5,0166
Dólar turismo: R$ 5,2116
Dólar ptax: R$ 5,0051
Euro comercial: R$ 5,29
Euro turismo: R$ 5.5556
Libra: R$ 6,202
Peso Argentino: R$ 0,043

CDI: +12,65%   
SELIC: +12,75%   

Petróleo: US$ 111,060
Ouro: US$ 1877,900
Prata: US$ 23,550
Platina: US$ 985,800
Paládio: US$ 2202,500

O dólar disparou nesta quinta-feira e voltou a fechar acima de 5 reais, pegando carona no rali global da moeda norte-americana por receios de que os juros nos Estados Unidos tenham de subir mais do que o esperado.

A cotação mais do que devolveu toda a queda da véspera, quando investidores mostraram alívio com sinalização do chefe do banco central dos EUA de que altas mais fortes dos juros não deveriam ocorrer. Mas o respiro não durou 24 horas, e nesta quinta voltou a prevalecer o medo de um choque monetário nos EUA, movimento com potencial para sacudir os mercados em todo o planeta e drenar liquidez de países emergentes como o Brasil.

Assim, o dólar à vista fechou em alta de 2,34%, a 5,0166 reais na venda. A moeda variou entre alta de 0,58% (para 4,9305 reais) e ganho de 3,21% (para 5,0592 reais).

Na quarta-feira, a divisa havia caído 1,26%, para 4,902 reais.

No exterior, as moedas emergentes sofriam a maior queda desde meados de março. Já o índice do dólar frente a uma cesta de rivais de países ricos saltava 1%, para o maior valor em duas décadas.

Em outro sintoma do mau humor generalizado, as bolsas de valores despencaram. O Ibovespa recuou quase 3%, enquanto em Wall Street o índice Nasdaq --mais vulnerável ao aperto monetário nos EUA por ter maior peso de ações de crescimento-- desabou 5%.

O que começa a ganhar corpo na lista de preocupações de investidores é o risco de recessão, que seria fruto do aperto rápido das políticas monetárias globais, que por outro lado poderiam não ser capazes de barrar a inflação. O resultado disso seria a estagflação, fenômeno que tradicionalmente beneficia o dólar.

"A inflação alta impede que os bancos centrais atuem, como nos períodos do passado recente, fornecendo suporte à economia e aos mercados na forma de juros mais baixos e adição de liquidez nos mercados", disse a TAG Investimentos em carta mensal.

"Isso explica a pressão no mercado de commodities, assim como uma deterioração no ambiente para os ativos emergentes ao longo do mês, em que o Brasil acabou sendo duramente afetado", acrescentou. A gestora cita "um coquetel bastante perverso" para países como o Brasil: alta de juros no mundo desenvolvido, inflação alta, crescimento mais baixo (especialmente na China), menor demanda por commodities e consequente queda nos preços das matérias-primas.

Depois de ter se valorizado ao longo do primeiro trimestre, o real depreciou em abril e segue em queda no saldo das primeiras sessões de maio. O dólar subiu 3,79% em abril e em maio avança 1,48%, após cair 14,55% nos três primeiros meses do ano.

Essa "gordura" acumulada pela taxa de câmbio no começo de 2022 ajuda a explicar o porquê de a moeda brasileira ser agora uma das mais alvejadas pela liquidação global, com investidores realizando lucros em ativos "vencedores" durante o choque inicial da guerra da Ucrânia, que turbinou os preços das commodities.

E o cenário poderia ser pior para real caso o "beta" (uma medida de sensibilidade) em relação às ações de commodity locais fosse maior. Por uma lista do Goldman Sachs (NYSE:GS), o "beta" da moeda brasileira está no meio da tabela, enquanto rand sul-africano e peso colombiano parecem mais vulneráveis a uma correção nas ações locais de commodities.

"Vemos mais espaço para o real se desvalorizar e permanecer subavaliado em relação ao seu valor justo nos próximos meses", disseram profissionais do Rabobank em carta mensal.

 O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), despencou 2,81% e encerrou aos 105.304,19 pontos, menor nível em quase quatro meses, desde 11 de janeiro (103.778,98 pontos). As variações ocorrem um dia após o aumento dos juros nos Estados Unidos e no Brasil.

A perda da Bolsa ocorre em dia de desvalorização generalizada das ações, com destaque para as da Petrobras (PETR4 e PETR3) e de bancos, como Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), que puxaram o índice.

A PETR4 desceu 0,19% e era cotada a R$ 32,01 no encerramento do pregão; a PETR3 perdeu 0,66% e era vendida a R$ 34,39; a ITUB4 apresentou baixa de 2,31% e valia R$ 23,29; já a BBDC4 teve desvalorização de 3,27% e ficou cotada a R$ 17,73.

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