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sexta-feira, 29 de abril de 2022

Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 29/04/22

Bitcoin: R$ 192.790,43 Reais e US$ 38.587,70 Dólares.

Dólar comercial: R$ 4,9425
Dólar turismo: R$ 5,1180
Dólar ptax: R$ 4,9191
Euro comercial: R$ 5,21
Euro turismo: R$ 5.474
Libra: R$ 6,219
Peso Argentino: R$ 0,043

Petróleo: US$ 109,460
Ouro: US$ 1895,400
Prata: US$ 23,940
Platina: US$ 931,300
Paládio: US$ 2320,000

O dólar fechou em ligeira alta nesta sexta-feira, ao fim de mais uma sessão volátil que encerrou uma semana de forte instabilidade, a qual por sua vez concluiu um mês iniciado com otimismo e que termina com temor sobre a economia global e incertezas político-fiscais no Brasil.

O dólar à vista registrou oscilação positiva de 0,07% nesta sexta, a 4,9435 reais. Ao longo do pregão, variou de alta de 0,41% (para 4,9607 reais) a queda de 1,64% (a 4,8592 reais).

Na semana, o dólar valorizou-se 2,85%, maior alta desde outubro do ano passado. É a segunda semana seguida em que a cotação fecha mais alta, o que não ocorria também desde outubro.

A moeda segue acima de sua média móvel de 50 dias, o que pode ser interpretado como sinal de força no curto prazo.

O mercado de câmbio aqui voltou a descolar do comportamento global do dólar, mas desta vez para cima, já que no exterior a moeda norte-americana sofria um ajuste para baixo depois de escalar na véspera a máximas em duas décadas.

Além da comum demanda por hedge antes do fim de semana, operadores tampouco viram motivos para vender dólar após declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre discutir, depois das eleições, alteração da emenda constitucional do teto de gastos. O objetivo seria permitir o uso de recursos para obras de infraestrutura em caso de excesso de arrecadação de impostos.

O Ministério da Economia, contudo, não recebeu orientação do governo para estudar uma mudança no teto e não concorda com uma flexibilização da regra, informaram à Reuters três fontes da equipe econômica.

Para além dos eventos externos --com forte aumento das preocupações com aceleração do aperto monetário nos EUA e riscos de recessão em meio a novos surtos de Covid-19 na China e à guerra na Ucrânia--, investidores notaram que o dólar repercutiu ainda nos últimos dias de abril renovadas tensões político-institucionais domésticas, num contexto cada vez mais focado nas eleições e na possibilidade de elevação de gastos para impulsionar o crescimento econômico.

Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual (SA:BPAC11), avalia que o real pode ter menos vigor daqui para a frente, uma vez que a maior parte do impulso obtido a partir do rali das commodities pode ter ficado para trás. O economista vê uma espécie de "barrigada" do dólar no meio do ano, com a moeda chegando até 5,10 reais, por causa do "cenário mais desafiador para o câmbio na esteira do juro americano mais atrativo".

"(Além disso), a gente não sabe como vai ser o próximo arcabouço fiscal, a gente não sabe se haverá novas flexibilizações no teto de gastos para tentar impulsionar crescimento econômico de uma maneira forçada", disse.

O economista-chefe para Brasil e América do Sul do Rabobank, Maurício Une, mantém expectativa de que o dólar fechará o ano em 5,25 reais, valorização de 6,20% contra o fechamento desta sexta-feira.

Ele chama atenção para a perspectiva de que as políticas monetárias brasileiras e norte-americana tomem direções diferentes e desfavoráveis à taxa de câmbio brasileira, no caso de o Fed acelerar o ritmo de aumento de juros num momento em que o Banco Central do Brasil caminha para parar o ciclo de restrição monetária. Os dois bancos centrais vão se reunir na próxima semana.

"Há uma espécie de esgotamento dessa rotação em busca de ativos da América do Sul, de exportadores de commodities", disse. "Junto com a eleição aqui assumindo maior protagonismo, isso tem potencial para gerar mais volatilidade", comentou.

A volatilidade implícita nas opções de dólar/real para seis meses --intervalo que, portanto, inclui outubro-- voltou a renovar nesta sexta-feira máximas em três anos e meio, evidenciando o grau maior de incerteza sobre os rumos da taxa de câmbio.

Em abril, o dólar saltou 3,79%, maior ganho mensal desde setembro de 2021 (+5,36%) e maior apreciação para o mês desde 2020 (+4,69%). De uma lista de 33 moedas, o real ficou no meio da tabela, que nas pontas tem rublo russo (+14,1%) e peso chileno (-7,8%).

Assim, o dólar reduziu as perdas no ano para 11,30%. De toda forma, real ainda lidera, com ampla margem, o ranking de melhores desempenhos em 2022 entre as mais importantes divisas globais.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) teve dois dias de sutil recuperação esta semana, mas hoje voltou à tendência de queda anterior, fechando esta sexta-feira (29) com baixa de 1,86%, a 107.876,16 pontos.

A Bolsa fechou o mês com o pior desempenho desde março de 2020, quando começou a pandemia de covid-19. A variação mensal caiu 10,10%, enquanto em março de 2020 recuou 29,90%.

Na variação semanal, a Bolsa caiu 2,88% e na anual o balanço é 2,91% positivo.

Siderúrgicas e empresas ligadas ao consumo interno, como o Magazine Luiza (MGLU3) e a Locaweb (LWSA3), cederam, enquanto Petrobras (PETR3/PETR4) e outras petrolíferas subiram. Operadoras de shoppings centers também tiveram dia positivo em meio ao noticiário carregado do setor.

A ação com a maior alta foi a da Multiplan (MULT3), que subiu 4,01%. Enquanto o destaque negativo ficou com o Banco Inter (BIDI11), com uma queda de 7,16%.

"Este mês foi melhor para commodities. Os ativos de crescimento e de consumo doméstico acompanharam declarações de membros do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) sobre aperto monetário e ainda teve saída de fluxo estrangeiro da bolsa", disse Rodrigo Crespi, da Guide Investimentos.

Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones também tiveram a pior performance mensal desde março de 2020, enquanto o Nasdaq amargou em abril o pior mês desde outubro de 2008. As baixas em Nova York foram vieram após a Amazon (SA:AMZO34)(NASDAQ:AMZN) desabar na sequência de balanço e um dado de inflação dos Estados Unidos.

Destaques da sessão

- INTER UNIT (SA:BIDI11) cedeu 7,2%, LOCAWEB ON perdeu 6,2% e CIELO ON (SA:CIEL3) teve queda de 5,8%. BTG PACTUAL (SA:BPAC11) UNIT apontou decréscimo de 4,3%.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subiu 0,1% perdendo tração no final do dia. O petróleo teve sessão volátil diante proximidade de vencimento de contratos. PETRORIO ON subiu 1,6%, após o Credit Suisse (SIX:CSGN) elevar o preço-alvo da ação, e 3R PETROLEUM ON (SA:RRRP3) ganhou 2,7%.

- VALE ON (SA:VALE3) diminuiu 1,1%, acompanhando a piora do mercado, após subir mais cedo com salto de mais de 4% dos contratos de minério de ferro em Dalian, com a China prometendo intensificar medidas para estabilizar a economia. Entre as siderúrgicas, GERDAU PN (SA:GGBR4) encolheu 3,7%.

- MULTIPLAN ON (SA:MULT3) valorizou-se 4%, depois de salto de 270,5% no lucro líquido no primeiro trimestre na comparação anual. A empresa manterá a estratégia conservadora para fusões e aquisições, apostando em expansão do próprio portfólio, disseram executivos em teleconferência.

- BR MALLS ON (SA:BRML3) expandiu 1%, após seu conselho de administração recomendar a aprovação da venda da companhia à rival ALIANSCE SONAE (SA:ALSO3), que teve baixa de 0,1%. A Aliansce não faz parte do Ibovespa.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) desvalorizou-se 1,8%, à medida que bancos reverteram abertura que havia sido positiva mesmo com a elevação da alíquota da CSLL sobre o setor.
 

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