Bitcoin: R$ 194.834,22 Reais e US$ 39.164,20 Dólares.
Dólar comercial: R$ 4,9675
Dólar turismo: R$ 5,1394
Dólar ptax: R$ 5,0167
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Euro turismo: R$ 5.507
Libra: R$ 6,230
Peso Argentino: R$ 0,043
Petróleo: US$ 105,340
Ouro: US$ 1885,600
Prata: US$ 23,350
Platina: US$ 917,700
Paládio: US$ 2438,000
O dólar até chegou a renovar máximas em um mês durante o pregão desta quarta-feira, mas os picos além de 5,04 reais chamaram vendas, e a moeda fechou em queda pela primeira vez em quatro sessões, mantendo-se abaixo de 5 reais em dia sem intervenção do Banco Central.
A melhora do humor externo e a tentativa de estabilização de algumas divisas duramente castigadas nas últimas sessões, assim como o real, respaldaram a correção no preço do dólar no Brasil.
Ao fim dos negócios no mercado interbancário, a cotação caiu 0,43%, a 4,9682 reais na venda. O dia foi de vaivém, no entanto, com o dólar indo de alta de 1,03% (para 5,0412 reais, maior nível desde 18 de março) a queda de 1,23% (para 4,9284 reais).
A desvalorização do dólar nesta quarta veio depois de a moeda engatar três pregões de ganhos, ao longo dos quais acumulou salto de 8,04% --o mais forte nessa base de comparação em quase cinco anos.
A escalada foi tamanha que impulsionou uma medida de quão fora da curva estão os movimentos do mercado (o IFR-14) a um pico desde dezembro passado e fez a moeda superar sua média móvel de 50 dias pela primeira vez desde janeiro.
No exterior, o dólar seguia sua marcha de alta nesta quarta-feira, batendo os maiores patamares em cinco anos frente a uma cesta de moedas de países ricos. Contra emergentes, porém, a divisa se estabilizou, após quatro altas consecutivas. Outros ativos de risco, como ações, também mostraram alguma recuperação após os tombos da véspera.
Apesar do alívio por aqui, o dólar ainda acumula ganho de 7,57% desde o último dia 20, quando fechou em 4,6186.
"Acredito que o real vá ficar 'dançando' entre o valor fundamental de 4,5, 4,6 (por dólar) e o valor mais estressado --quando o Fed fala mais grosso ou há algum problema político aqui-- em torno de 5 reais, 5 e pouco", disse o economista-chefe da XP (SA:XPBR31), Caio Megale.
O economista não vê o dólar voltando a patamares a partir de 5,50 reais, que ele enxerga como "muito descolados", considerando sobretudo a valorização das commodities nos últimos meses.
Por ser exportador líquido de matérias-primas, o aumento dos preços desses insumos fortalece a perspectiva de mais ingresso de capital ao Brasil, aumentando, assim, a oferta de dólar, o que potencialmente baixaria o preço da moeda.
Analistas defendem que o dólar não teria muito mais espaço para alta, conforme o custo de se vender reais está mais caro --o investidor abriria mão de um retorno nominal de cerca de 10% ao ano, "yield" que salta ainda mais aos olhos considerando o ponto de partida de uma nova operação de "carry trade" com o dólar a 5 reais.
Isso, contudo, não é unanimidade.
"Não tenho interesse em vender a descoberto o dólar norte-americano agora, e certamente não o faria em relação ao real. Sim, reconheço que ainda estamos tecnicamente em uma tendência de baixa, mas o dólar norte-americano pode ser como uma bola de demolição contra tudo quando quer", disse em nota Christopher Lewis, do DailyForex.
Em abril, o dólar sobe 4,31%, reduzindo as perdas no ano para 10,86%. Apesar da forte pressão cambial das últimas sessões, o real está apenas no meio da tabela dos piores desempenhos globais do mês --o rand sul-africano lidera com queda de 8%-- e ainda ostenta com larga margem o posto de moeda com maior valorização em 2022.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), apresentou a primeira valorização desde 13 de abril —assim, subiu 1,05% hoje e encerrou o dia aos 109.349,37 pontos.
O IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,73% em abril, sobre alta de 0,95% no mês anterior. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Após perdas bem distribuídas no dia anterior nas ações e segmentos de maior peso no índice, a recuperação também se mostrava bem disseminada nesta quarta-feira, com o setor de mineração (Vale ON (SA:VALE3) +5,35%) e siderurgia (Gerdau (SA:GGBR4) PN +6,01%, CSN ON (SA:CSNA3) +4,58%) à frente.
Na ponta do Ibovespa, destaque para Gerdau PN, além de WEG (SA:WEGE3) (+5,50%) e Vale. No lado oposto, Hapvida (SA:HAPV3) (-5,84%), Azul (SA:AZUL4) (-3,19%), Positivo (-2,63%) e Méliuz (SA:CASH3) (-2,58%). Ao fim, os bancos (Itaú (SA:ITUB4) PN -0,81%, Unit do Santander (SA:SANB11) -0,40%) e Petrobras (SA:PETR4) (ON +0,30%, PN estável) perderam força e encerraram sem sinal único.
