terça-feira, 28 de setembro de 2021
Mercado financeiro Dólar e Ibovespa: 29/09
Bitcoin: R$ 226.141,88 Reais e US$ 41.630,40 Dólares.
Dólar comercial: R$ 5,4254
Dólar turismo: R$ 5,6417
Dólar ptax: R$ 5,4206
Euro comercial: R$ 6,34
Euro turismo: R$ 6.6573
Libra: R$ 7,343
Peso Argentino: R$ 0,055
Petróleo: US$ 79,070
Ouro: US$ 1731,600
Prata: US$ 22,375
Platina: US$ 984,600
Paládio: US$ 1901,500
Puxada por um tombo nos mercados mundiais, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou está terça-feira (29) em forte queda de 3,05%, aos 110.123,85 pontos. É a maior queda do índice em quase três semanas, desde 8 de setembro (3,78%), um dia após os atos golpistas do Dia da Independência, convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Com o desempenho de hoje, o Ibovespa acumula perdas de 7,29% no mês e de 7,47% no ano. O dólar já subiu 4,88% em setembro e 4,54% em 2021.
O dólar fechou no maior patamar em quase cinco meses nesta terça-feira, ficando acima de 5,40 reais, após registrar a maior alta diária em quase três semanas, com uma onda de compras da moeda norte-americana lastreada num ambiente externo conturbado e em persistente cautela doméstica.
Lá fora, temores de que a inflação mais alta antecipe aperto monetário nos Estados Unidos e um aumentado risco de calote da dívida dos EUA turbinaram o dólar a uma máxima em mais de dez meses, ao mesmo tempo que nocautearam moedas emergentes e os mercados globais de ações. Preocupações com a economia da China --maior parceiro comercial do Brasil-- também pesaram.
Aqui, novos comentários sobre a política de preços da Petrobras (SA:PETR4) e incertezas sobre a ortodoxia fiscal do governo nos esforços para colocar em prática um Bolsa Família vitaminado mantiveram a confiança em xeque, além de preocupação com os rumos da inflação apesar de uma política monetária já mais apertada.
Dados fiscais melhores do que o esperado para agosto até ajudaram a amenizar os ganhos do dólar, mas sem mudar a rota da moeda norte-americana.
Cada vez mais analistas questionam a má performance da taxa de câmbio a despeito de a Selic ter mais do que triplicado de março para cá e de números de conta corrente e balança comercial ainda bastante benignos. Os debates apontam que o medo de aventuras nas contas públicas segue como grande obstáculo a um desempenho melhor do real.
Faltando duas sessões para o fim de setembro, o dólar acumula alta mensal de 4,92%, a mais forte desde janeiro (+5,53%). O real é o vice-lanterna no mundo no período, à frente apenas da lira turca, que perde 6,3%.
"Vai se confirmando o cenário pessimista. PIB estagnado no segundo semestre e crescimento pífio em 2022, com inflação resistindo à política monetária (mas uma hora cederá), dívida pública voltando a subir na esteira dos juros e medidas ruins: PLN 12, precatórios e reforma do IR", comentou no Twitter Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI).
O dólar à vista fechou em alta de 0,89%, a 5,427 reais --valor mais alto desde 4 de maio (5,4322 reais) e mais intenso ganho percentual desde 8 de setembro (+2,84%). A cotação mostrou sinal positivo por toda a sessão, variando de 5,3868 reais (+0,15%) a 5,4522 reais (+1,36%).
No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de rivais subia 0,33% no fim da tarde, para máximas desde novembro de 2020.
"Em nossa opinião, é improvável que o dólar recue significativamente até que a confiança nos mercados emergentes se eleve", disseram profissionais do Rabobank em nota. Um índice do JPMorgan para divisas de mercados emergentes caiu 0,66% nesta terça, maior baixa desde 19 de julho e para o menor patamar desde novembro de 2020.
No mês, o índice perde 2,55%, pior resultado desde o "crash" de 8,2% de março de 2020, quando a oficialização da pandemia global do novo coronavírus pela OMS causou abalos históricos nos mercados financeiros mundiais.