O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quarta-feira (20), após o avanço nos preços do petróleo alimentar o bom humor nos mercados externos, mas com as incertezas sobre a equipe econômica e a atuação do Banco Central mantendo pressão sobre a moeda.
A moeda norte-americana fechou em alta de 0,12%, cotada a R$ 3,5325 na venda, após ter recuado quase 2% no pregão passado. Veja a cotação do dólar hoje
Na semana, o dólar tem alta de 0,24%. No mês, a divisa ainda acumula queda de 1,77%. No ano, desvalorizou 10,52% frente ao real.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h19, alta de 0,55%, a R$ 3,5478
Às 9h59, alta de1,054%, a R$ 3,5655
Às 10h10, alta de 0,927%, a R$ 3,561
Às 10h39, alta de 0,757%, a R$ 3,555
Às 11h09, alta de 0,439%, a R$ 3,5438
Às 11h50, alta de 0,5%, a R$ 3,5461
Às 12h40, alta de 0,41%, a R$ 3,5427
Às 13h09, alta de 0,57%, a R$ 3,5484
Às 13h49, alta de 0,6%, a R$ 3,5496
Às 14h20, alta de 0,43%, a R$ 3,5430
"Houve uma melhora generalizada nos mercados do resto do mundo que ajudou o real no começo da tarde", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
Após chegarem a derrapar no início da sessão, os preços do petróleo voltaram a subir, registrando alta de mais de 4%, influenciados por dados mostrando aumento menor que o esperado nos estoques dos Estados Unidos.
Mais cedo, o dólar chegou a subir com mais força após notícias veiculadas na imprensa indicarem que pessoas cotadas para encabeçar a equipe econômica no provável governo Temer, como o ex-presidente do BC Armínio Fraga e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa, já teriam recusado o convite, destaca a Reuters.
"Agora o mercado vê o afastamento (de Dilma) como dado e está focado detalhes do governo Temer. Com a crise econômica como está, parece que não vai ser muito fácil encontrar quem aceite segurar o tranco", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
A perspectiva de uma equipe de formação técnica e de postura econômica mais ortodoxa vem animando o mercado nas últimas semanas.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta terça-feira a oferta integral até 20 mil swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares. A atuação foi menos intensa do que nas últimas semanas, porém, quando o BC chegou a realizar cinco leilões de até 80 mil swaps reversos em uma única sessão.
O BC também informou na noite passada que não fará mais leilões de rolagem dos swaps tradicionais que vencem no mês que vem, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, deixará vencer o equivalente a 8,6 bilhões de dólares, que ajudarão a reduzir o estoque de swaps tradicionais, além dos cerca de US$ 31 bilhões de em swaps reversos até agora.
O estoque de swaps, no início do mês, estava em torno de US$ 100 bilhões.
"O BC tem conduzido o câmbio com bastante prudência, adequando-se às necessidades do mercado. Isso dá alguma segurança para o operador", disse o operador de um banco internacional.
O Banco Central informou nesta quarta que a entrada de recursos no país superou a saída em US$ 4,07 bilhões no acumulado deste mês, até a última segunda-feira (18). Com isso, os dólares voltaram a fluir para a ecomomia brasileira após dois meses de retiradas.