A preocupação sobre a possibilidade de taxação de serviços como o WhatsApp e o Netflix nunca foi tão real. Nas últimas semanas, diversas notícias relacionadas à eminente regulamentação desse produtos apareceram na internet – a Câmera dos Deputados até aprovou um imposto para tributar o Netflix. Agora, o presidente da Associação Brasileira da Internet (Abranet) confirmou o que já era evidente: nós vamos ter que "pagar a conta" caso esses serviços sejam tributados.
"Não existe nada de graça. Se o governo aumentar os impostos sobre esses serviços, o usuário é que vai pagar a conta", disse Eduardo Parajo, que assumiu pela terceira vez a presidência do órgão em abril desse ano. Ele também manifesta a sua preocupação com relação à insegurança jurídica no setor sobre a forma como essa regulamentação será realizada: "Já temos um arcabouço tributário muito complicado".
O presidente da Abranet defende que o setor precisa de "menos regulamentação e menos impostos" para continuar se desenvolvendo nos próximos anos. Apesar da desaceleração experimentada neste ano, a expectativa é que fechar 2015 no azul, mesmo com a perda de ritmo no segundo e terceiro trimestre. No ano passado, o setor faturou mais de R$ 120 bilhões, resultado superior ao obtido por quase 80% dos setores da economia brasileira.