O dólar caiu 3,73%, a R$ 3,9914. Na máxima da sessão, chegou a saltar para R$ 4,2491, segundo a Reuters.
Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 0,84% e 10,04%, respectivamente. No ano, há valorização de 50,13%.
A moeda perdeu força e passou a cair depois de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que sugeriu que poderão ser feito leilões de dólares no mercado à vista.
Questionado sobre o possível uso das reservas internacionais no câmbio, Tombini disse que "todos os instrumentos à disposição do Banco Central estão no raio de ação caso seja necessário à frente".
A declaração de Tombini trouxe algumas expectativas de que a autoridade monetária poderia realizar leilão de dólares no mercado à vista, embora as perspectivas continuassem muito incertas, destaca a Reuters.
Operadores relutavam em estimar até que ponto o dólar deve subir, mas é unânime a percepção de que deve continuar pressionada. O dólar subiu nos cinco dias anteriores, acumulando alta de 8,14%.
"Estamos em uma sinuca de bico. Recessão com inflação é uma espiral perigosa e, se não sairmos rapidamente disso, pode ser desastroso. E as chances de isso acontecer são cada vez menores, principalmente com a política como está", disse à Reuters o operador de uma corretora nacional.
A moeda norte-americana tem sido pressionada pela deterioração das contas públicas do Brasil e pelas turbulências políticas. Investidores temem que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.