O dólar fechou em alta após se aproximar de R$ 4 nesta segunda-feira (21), reagindo a preocupações com o cenário fiscal no Brasil, aliadas aos temores de possibilidade de alta de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.
O Banco Central anunciou para esta sessão um leilão de venda de até US$ 3 bilhões com compromisso de recompra, depois de a moeda norte-americana fechar no segundo maior nível da história frente ao real na última sessão, cotação mais alta desde 10 de outubro de 2002, quando o dólar fechou a R$ 3,99.
A moeda norte-americana subiu 0,57%, a R$ 3,9809 na venda. Veja a cotação. Na máxima do dia, a moeda alcançou R$ 3,9964. Foi o segundo maior valor de fechamento da história do real. Em outubro de 2002, o dólar atingiu seus recordes intradia e de fechamento, de R$ 4 e R$ 3,99, respectivamente, segundo a Reuters.
No mês e no ano, há alta acumulada de 9,75% e 49,73%, respectivamente.
Nas casas de câmbio, o dólar turismo chegava a custar quase R$ 4,50 na compra com o cartão pré-pago, inclusos os 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
À tarde, o dólar reduziu o avanço após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmar que o veto da presidente Dilma Rousseff ao reajuste dos servidores do Judiciário não deveria ser derrubado, atenuando um pouco as preocupações fiscais que haviam levado a moeda norte-americana a encostar na máxima histórica de R$ 4, segundo a Reuters.
"Se o veto de fato sobreviver ao Congresso, vai ser uma boa notícia em um mar de más notícias", resumiu à agência o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato.