O dólar fechou em queda nesta terça-feira (21), com os investidores de olho na cena política local diante das negociações do presidente Michel Temer para conseguir colocar em votação a reforma da Previdência.
A moeda norte-americana recuou 0,27%, vendida a R$ 3,2524, depois de bater R$ 3,2395 na mínima do dia.
No último pregão, na sexta-feira (17), o dólar fechou em queda de 0,56%, a R$ 3,2612. Pela segunda semana consecutiva, a moeda caiu 0,59%, acumulando, no período, 1,39% de baixa.
"O viés é de queda (do dólar), com o investidor retomando um pouco a confiança com relação à aprovação da reforma da Previdência", afirmou à Reuters o operador de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva Filho.
Temer passou o final de semana com negociações intensas para costurar uma reforma ministerial que agrade a base aliada e, assim, conquistar votos para apreciar a reforma em breve.
Uma das movimentações foi a escolha de um deputado ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para o Ministério das Cidades. O eleito foi Alexandre Baldy (Podemos-GO), que deixou o partido nesta segunda para se filiar ao PP e assumir a pasta.
Mas Temer ainda costurava para agradar a bancada de deputados do PMDB a fim de tentar ampliar sua base de apoio para aprovar a versão enxuta da reforma da Previdência.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que o governo vai aguardar as alterações na proposta da reforma da Previdência Social serem finalizadas pelo relator, mas afirmou que, "em linhas gerais", o acordo "já está feito".
No entanto, nesta manhã Maia disse em entrevista à rádio CBN que o governo ainda está "muito longe" de obter os 308 votos necessários para aprovar a reforma, mas argumentou que o texto é "fundamental e urgente" para o Brasil.
No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas e passou a cair ante divisas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano, influenciando na trajetória do real.